Pesquisa recente lança novas luzes sobre a conexão entre inflamação generalizada no corpo e o aumento do estresse. Descobertas reveladoras sugerem que a inflamação generalizada pode não apenas afetar a saúde física, mas também desempenhar um papel significativo no desencadeamento e agravamento do estresse.
Em entrevista ao RDtv, o médico psiquiatra, Cyro Masci, explica que uma inflamação – que deveria ser algo localizado – e que persiste por muito tempo, pode causar impactos no corpo inteiro, o que incluí o cérebro. “A partir do momento que a condição atinge o cérebro, várias funções são afetadas, como a capacidade de julgamento, de tomar decisões, de contar até 10 diante de uma situação que não gosta. A pessoa afetada começa a interpretar acontecimentos de uma maneira peculiar e agressiva, começa a ter problemas para dormir, ter problemas com raiva e outra série de sintomas de distúrbios psicológicos”, diz.
O médico comenta que para evitar a inflamação generalizada, é necessário interferir diretamente nos fatores que a complicam e, segundo Masci, a alimentação é o primeiro fator. “Alimentos ultraprocessados tendem a piorar uma inflamação, enquanto itens naturais como folhas verdes, verduras e frutas ajudam a diminuir a condição. É de extrema importância que as pessoas entendam que se alimentar bem melhora a saúde física, mas também pode ajudar, e muito, a saúde mental”, enfatiza.
O estudo evidencia que o equilíbrio emocional e os transtornos psiquiátricos não são devidos exclusivamente aos pensamento e a fatores comportamentais, como também são causados por fatores biológicos e ambientais como mudanças climáticas globais, conflitos e até pandemia de covid-19.
“O fato de existir essa ligação entre a inflamação generalizada e os transtornos é uma boa notícia e fundamental para auxiliar no tratamento, já que, de certo modo, é mais simples de gerenciar as causas e os fatores agravantes”, destaca o psiquiatra.