Após série de manifestações de professores, que querem a anulação das atribuições de aulas, Renato Feder, secretário de Educação do Estado de São Paulo, em declaração pública, afirma que a intenção da pasta e do Governo paulista é querer “priorizar não o professor que está há mais tempo com a gente (na rede estadual de ensino), mas sim aquele professor que quer se dedicar mais a nós (Estado)”.
A declaração gerou queixas dos professores que entenderam o recado de que não haverá mudanças nas atribuições de aulas. “O que o secretário disse é vergonhoso. Ele quer um professor robô”, queixou-se Viviane Santolaja, professora que ministrava aulas em uma escola de Mauá e que segue sem lecionar, pois não foi contemplada nas atribuições.
A presidente da Apeosp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel, exclama: “O secretário está precipitando. Primeiro, esta medida não é uma marca positiva. Segundo, com certeza, (o Governo) enfrentará muita resistência (dos professores)!”.
Vale destacar que a fala do secretário foi dita horas antes da reunião com grupo de docentes e o sindicato.
Em nota, a Secretaria de Educação destaca que recebeu os representantes da Apeoesp e que irá analisar os pedidos que contribuam com o processo de ensino e aprendizagem dos alunos.
Após encontro com a equipe da Seduc, os professores declaram que o Secretaria havia pedido um prazo de até cinco dias para dar uma devolutiva, mas nesta quinta-feira (12/01), um dia após o encontro, a pasta, a pedido do Repórter Diário se manifestou e reforçou a escolha pelo modelo de atribuição. A Seduc-SP acredita que a permanência do professor em um tempo maior na mesma escola assegura melhores resultados, contribuindo com o processo de ensino e aprendizagem. O critério tempo de experiência segue sendo considerado, assim como outros critérios conforme a Lei Complementar 1374/2022 e a Resolução 85/2022.
A pasta finaliza ao dizer que, caso necessário, novos processos de atribuição podem ser abertos.