O presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo (Sieeesp), Benjamin Ribeiro da Silva, disse em entrevista exclusiva ao RDtv nesta quarta-feira (13/1) que a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) se tornou um jogo político no Estado de São Paulo, motivo este que levou ao atraso a volta das aulas em formato presencial nas redes pública e particular.
Segundo o presidente, o retorno deveria ter sido feito ainda 2020, mas por disputas políticas acabou acontecendo somente este ano, com data marcada para ocorrer entre 18 de fevereiro e 1º março. “Muitos prefeitos acabaram politizando a pandemia com medo do que poderia acontecer com a economia e até com medo de enfrentar o Sindicato dos Professores e então jogaram a volta às aulas pra frente. Mas precisam entender que a educação é o serviço mais essencial, não podem deixar os alunos sem aula”, diz.
Para Silva, a previsão do Governo do Estado de que a vacinação pode iniciar a partir de 25 de janeiro ajudou na decisão dos prefeitos da região metropolitana diante da retomada. “Assessorados por médicos, pediatras e enfim com o apoio do secretário de Educação do Estado, Rossieli Soares, conseguimos mostrar que a educação tem vez e que precisamos de atenção. Ficamos mais de um ano parados e ele sabia que precisávamos voltar, até para ajudar quem necessita do serviço e não pode ficar com as crianças em casa”, enfatiza.
A partir deste ano, o ensino vai além da sala de aula, ganhará também o formato híbrido, que pressupõe combinação de atividades supervisionadas e presenciais a serem realizadas de maneira independente. Segundo o presidente, e a ideia é que em um primeiro momento, os alunos voltem para a escola em esquema de revezamento, e respeitem as recomendações de segurança, com uso de álcool em gel, máscaras e distanciamento social. “Iremos manter as recomendações de segurança e revezamento dos alunos ao longo das semanas”.
Se uma área estiver nas fases vermelha ou laranja do Plano São Paulo, as escolas da educação básica, que atendem alunos da educação infantil até o ensino médio, poderão receber diariamente até 35% dos alunos matriculados. Na fase amarela, elas ficam autorizadas a atender até 70% dos estudantes; e na fase verde, até 100%. Os protocolos sanitários devem ser cumpridos em todas as fases.
Já as instituições de ensino superior, poderão funcionar na fase amarela com até 35% das matrículas, e na fase verde, com até 70%. Nas etapas vermelha e laranja, elas não estão autorizadas a funcionar. Cursos superiores específicos da área médica têm o retorno presencial autorizado em todas as fases do Plano.