Se Santo André chegou a ter mais de 10 nomes na lista de pré-candidatos a prefeito, atualmente cinco seguem na busca de apoios para as convenções e a campanha. Além da disputa pela sucessão de Paulo Serra (PSDB), a pré-campanha apresenta uma disputa interna pelo legado do atual prefeito. Enquanto isso, outros candidatos estudam uma representatividade mais ideológica.
Bete Siraque (PT) foi um dos primeiros nomes a oficializar a participação na pré-campanha. Com apoio unificado no Partido dos Trabalhadores, a educadora e ex-vereadora conseguiu emplacar seu nome na federação PT/PcdoB/PV e no movimento de união da esquerda, que também envolve a federação PSOL/Rede Sustentabilidade e o PDT. A ideia é ter o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como norte para que o partido volte ao comando da Prefeitura andreense após oito anos.
Ex-PT, Eduardo Leite migrou para o PSB em busca de espaço para ser pré-candidato a prefeito. Antes da janela eleitoral chegou a ser cogitado para vice de um possível nome indicado por Serra, inclusive participou de reunião com todos que postulavam o apoio do atual gestor. Mas acabou por seguir caminho próprio, ao levar para seu partido e para a Democracia Cristã (DC) ex-aliados que também deixaram o PT. Agora tenta ser o nome que visa representar Geraldo Alckmin e Márcio França na cidade.
Ex-secretário de Segurança Cidadã do governo Paulo Serra, Edson Sardano (Novo) não deixou a base e segue a apoiar o atual gestor na Câmara. Mas resolveu seguir para a disputa majoritária, pois considera que sua missão no Legislativo está cumprida. Sardano busca apresentar um cenário que leva o legado da atual gestão e aproxima do campo mais à direita.
Disputa interna
Dois nomes entram na lista como aqueles que não apenas disputam o comando do Paço, mas o legado direto de Paulo Serra. O vice-prefeito Luiz Zacarias (PL) tentou antecipar o apoio do tucano, porém, não foi escolhido. Assim, antecipou sua entrada na disputa pré-eleitoral e levou consigo alguns nomes que estavam na gestão. Além disso, busca emplacar seu nome como o de alguém próximo ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Apesar de não ter sido oficializado como o nome apoiado por Paulo Serra, o secretário de Saúde, Gilvan Junior (PSDB), é visto na grande maioria dos eventos ao lado do prefeito, mesmo que as ações não tenham relação com sua Pasta. Com passagens por diversas secretarias e também pelo Semasa, Gilvan é visto internamente como alguém que se aproxima do perfil do atual prefeito. A expectativa é que seu nome seja anunciado para a disputa pré-eleitoral em maio, logo após o fim das festividades dos 471 anos de Santo André.