Dia das Mães movimentará R$ 143 milhões com R$ 185,40 de tíquete médio no ABC

Leia também

Em menos de dois anos, Ribeirão Pires volta a escolher um prefeito

há 9 horas

Mundial de Atletismo paralímpico: Brasil lidera quadro de medalhas

há 10 horas

PM prende foragido suspeito de envolvimento em homicídio de policial militar

há 10 horas

Maio Amarelo: conscientização sobre segurança no trânsito é foco da campanha do Detran-SP

há 10 horas

Metroviários devem manter 100% dos serviços em horário de pico durante greve

há 10 horas

S.Caetano realiza escutas públicas para elaborar plano de aplicação de recursos da PNAB

há 10 horas

Pesquisa realizada pelo CIM (Centro de Inteligência de Mercado) da Strong Business School em parceria com a Acisa (Associação Comercial e Industrial de Santo André), mostra que o Dia das Mães deve movimentar R$ 143,3 milhões no ABC e o tíquete médio vai ficar em R$ 185,40. A pesquisa ouviu 250 consumidores da região e apontou que 70% deles estão dispostos a comprar presentes para as mães e 43,8%pretende gastar mais no presente neste ano do que no ano passado.

Em relação à pessoa a ser presenteada e o comprador, as mães ocupam o posto principal entre os pesquisados, sendo lembradas por 51,2% dos consumidores, seguidas da sogra, com 13,9% e, na sequência, as esposas e avós (com 10% cada). Entre os itens preferidos estão aqueles do segmento de vestuário, que inclui roupas, acessórios e calçados, com 25,1%; seguido dos perfumes e cosméticos, com 23,4%; flores, 11,8%; joia e bijuteria, 9,2%; cestas de café ou doces aparecem como preferência de 5,3% e livros com 3,6%.

Aproximadamente 47% revelaram estarem disposto a pagar até R$ 150 por presente, e outros 30% dos consumidores um preço médio entre R$ 151 e R$ 200. Uma frequência menor de consumidores, 3%, revelou disposição a pagar preços médios acima de R$ 501. Com relação ao gasto total planejado com a compra de presentes, os entrevistados revelaram estar disposto a gastar um montante médio de R$ 286. Pouco mais de 25% devem gastar até R$ 100. Outro 30% esperam gastar entre R$ 201 e R$ 200. Uma proporção maior de pouco mais de 35% prevê gastar entre R$200 e R$ 500 com a compra de presentes.

Para o economista e professor da Strong Business School, Sandro Renato Maskio, esse número de R$ 143,3 milhões é bem factível e é possível chegar a ele graças à melhora no nível de emprego. “O que tem provocado essa melhora do comportamento do comércio é o mercado de trabalho, tem caído a taxa de desemprego e com isso melhora a massa de rendimento médio. Na região Metropolitana, onde estamos inseridos, a recuperação da renda média tem ocorrido em ritmo significativamente maior que no Estado e no país”, diz o professor que participou do RDTv desta segunda-feira (06/05).

Percentual menor de pessoas vai se arriscar ao endividars-se na compra do presente das mães. Apenas 15,2% dos consumidores revelaram que deverão realizar as compras via cartão de crédito parcelado. Os pagamentos com cartão de débito e de crédito à vista deverão responder por pouco mais de 55% das vendas. Na outra ponta, pouco menos de 9% vão utilizar dinheiro. “Não podemos esquecer do elevado nível de endividamento dos consumidores que ainda está presente. Uma curiosidade é que os indivíduos que declaram que vão parcelar no crédito deverão ter um gasto médio maior com os presentes, isso mostra o crescente poder de compra e vale uma dica para o lojista; a possibilidade de parcelamento das contas no cartão próprio, que pode ser uma coisa interessante para melhorar o faturamento”, diz o economista.

“Se olharmos para o tíquete de R$ 185,40 e compararmos com o salário mínimo, que está em torno de R$ 1.400, é um valor significativo. Não podemos esquecer do processo inflacionário que tem sido razoável que tem impactado o grupo de alimentação e de vestuários. O vestuário está sempre entre os preferidos para o Dia das Mães outras datas e tem peso muito forte; é um setor que se elevou bastante com a inflação e o preço médio dos itens também aumentou bastante”, analisa o professor.

Quanto ao local de compras, a pesquisa Strong Bussines School/Acisa aponta que a maior parte dos consumidores deverá realizar a compra no shopping center (35%), seguido da internet e plataformas digitais (29%) e comércio no centro da cidade (22%). Os percentuais chamam a atenção mostram que a maioria, 57%, vai comprar presencialmente os presentes para as mães. “A compra de internet cresceu posterior à pandemia, mas a compra presencial tem um apelo diferente. Pela internet comparação de preços muito mais rápida, já a compra presencial envolve dinâmica diferente, vai gastar mais tempo, mas envolve um passeio, o tato e outras percepções que também são importantes para o consumidor. Tem a questão do frete, ausente na compra presencial, e tem a troca, que nem sempre é simples trocar quando se compra pela internet”, diz Maskio.

Almoço

O tradicional almoço do Dia das Mães que costuma lotar restaurantes, neste ano não será diferente. 15% das 770 mil famílias da região devem levar as mães para almoçar fora, mas a metade dos consumidores fará o almoço em casa mesmo e 35% na casa de familiares. O valor médio planejado para gasto com a alimentação no dia especial é de R$ 344 segundo a pesquisa. Metade dos entrevistados disse que espera gastar entre R$ 301 e R$ 500 e outra metade entre R$ 100 e R$ 300. “15% é um público bastante considerável para os restaurantes, mas parte daqueles que vão almoçar em casa também vão comprar comida fora, vão encomendar uns dias antes. Tem aí um mercado importante para os restaurantes e para aqueles que vendem as refeições”, diz o economista.

Gasto

Para o professor de economia o fato de uma parte considerável da população, 43,8%, afirmar que está disposta a gastar mais neste ano do que no ano passado é um sinal de melhoria da massa salarial e do varejo. “Com o consumidor disposto a gastar um preco médio maior revela alteração positiva no comportamento do consumidor em relação ao consumo. O Dia das Mães é a segunda melhor dada do ano perdendo apenas para a Black Friday/Natal em volume de vendas, e é um primeiro termômetro do ano que mostra maior disposição dos consumidores em ao poder de compra. Outro item importante é olhar para os parcelamentos, só 25% vão fazer a compra parcelada, os demais vão pagar no crédito à vista”, conclui o professor na sua análise da pesquisa.

Santo André

Em Santo André o Dia das Mães deverá computar um montante de R$ 35,4 milhões em dispêndio dos consumidores, o que deverá gerar um movimento financeiro significativo no comércio e serviços na região. Do total de entrevistados, 41,5% são residentes de Santo André. A maior intensidade de moradores no município de Santo André está diretamente atrelada ao esforço da Acisa em obter e divulgar informações pertinentes ao mercado consumidor ao setor varejista, em especial.