
O Ministério Público obteve a condenação de Francisca Santana, de 55 anos, e Juan Carlos Astudillo, de 48 anos, acusados de matar Pedro José Alves Cabral, de 35 anos. O homem teve seu corpo esquartejado e as partes do cadáver jogadas em uma represa de Ribeirão Pires.
Enquanto a mulher recebeu pena de 31 anos e 9 meses, seu marido foi sentenciado a 25 anos e 3 meses de prisão. A sentença, da última sexta-feira (10/5), estabelece o regime fechado para início do cumprimento das penas em ambos os casos.
A promotora de Justiça Livi Rodrigues de Souza escreveu na denúncia que a ré mantinha um relacionamento amoroso com a vítima, convivendo com ela e o marido na mesma casa. Segundo o apurado, a relação entre os três era conflituosa, com discussões frequentes. Os autos apontam ainda que a vítima tinha dependência química e que a mulher usava dinheiro do marido para sustentar o vício do outro homem.
Conforme a sentença, em dado momento a ré “cansou da conjuntura que contribuiu para estabelecer e não achou outra maneira que não matar a vítima como forma de livrar-se das questões inerentes à sua compulsão”. Assim, no dia 5 de junho de 2022, o casal deu à vítima medicamento que causa sonolência, confusão e reflexos diminuídos, asfixiando-a em seguida usando uma sacola plástica.
O Plenário do Júri contou com atuação da promotora Paula Quaggio e reconheceu a prática dos crimes de homicídio com três qualificadoras (motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa) e ocultação de cadáver.