Pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) aponta que o Natal deste ano deve injetar mais de R$ 66 bilhões na economia. E boa parte das compras serão feitas online, seja pela facilidade ou por economia. Porém, a diretora do Procon de Santo André, Doroti Cavalini, alerta para alguns cuidados que essa modalidade requer, como verificar a segurança do site que o consumidor navega e o valor do frete.
Enquanto na loja física você tem contato direto com o produto, na virtual o acesso é apenas por uma foto ou vídeo. E, muitas vezes, quando esse produto chega até o cliente pode frustrar as expectativas. De acordo com o artigo 49 do Código de Defesa do Consumidor, o cliente tem até sete dias para o chamado arrependimento da compra. E, neste caso, a loja online não pode se negar a aceitar o produto de volta, e o consumidor não pode ter custo pelo frete de devolução. O mesmo não vale para a compra efetuada em loja física, que no momento da venda deve informar o prazo para troca.
Doroti também alerta para compra de brinquedos. Recomenda que os consumidores evitem lojas sem procedência. Entre as dicas estão observar o prazo de entrega, se o site é confiável, se tem reclamações e quais as formas de pagamento aceitas (cartão de crédito, débito e parcelamento com ou sem juros). A loja física também exige cuidados, como inserir o preço à vista, valores da parcela, juros no parcelamento e valor total com juros.
Para evitar as “pegadinhas”, a diretora do Procon sugere que o consumidor faça uma lista, antes de sair de casa, com os itens que deseja adquirir. Assim não se deixará levar pelo impulso da compra. No caso de se sentir lesado pela loja, a orientação é procurar o Procon da cidade.
As reclamações com relação aos produtos comprados de forma online aumentam de 10 a 15% nesta época do ano, diz. “A orientação é sempre desconfiar quando recebe uma oferta milagrosa e quando os vendedores oferecem seguro do produto, como a garantia estendida por exemplo”, afirma.
O Procon também realiza fiscalização in loco. Se a loja não seguir as orientações do órgão, como produto com o preço a vista, preço parcelado, juros, valor total do produto, assim como as formas de pagamento aceitas (cartão de crédito, débito, dinheiro, pix etc) será autuada. “Então os lojistas devem agir com boa fé em relação ao consumidor”, reitera a diretora. Caso contrário, se a loja persistir em não seguir as regras, poderá ser autuada com uma multa que varia de R$ 600 a R$ 11 milhões, de acordo com o faturamento da empresa.