ABC - sábado , 18 de maio de 2024

Polícia e promotoria prendem dois por venda de alvarás na subprefeitura da Lapa

Dois investigados foram presos temporariamente nesta terça-feira (23/8), na Operação Vesúvio, que apura denúncias de cobrança de propinas na Subprefeitura da Lapa, na zona oeste de São Paulo, em troca da emissão de alvarás.

Os principais alvos da operação são o coordenador de Planejamento e Desenvolvimento Urbano da repartição, Rogério Marin, e um homem identificado como Aguinaldo Biasiolli.

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Além das prisões, cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos no Tatuapé, Penha e Lapa com apoio da Divisão de Capturas do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope) da Polícia Civil. Mais de R$ 30 mil e US$ 12 mil em dinheiro vivo foram apreendidos.

A operação faz parte da uma investigação do Grupo Especial de Repressão aos Delitos Econômicos (Gedec) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo. A subprefeita Fernanda Maria de Lima Galdino também está entre os investigados.

Os promotores dizem ter encontrado indícios de exigências de vantagens indevidas para a expedição de alvarás para eventos sobretudo no bairro da Pompeia.

O inquérito foi aberto a partir de uma denúncia de corrupção enviada em abril pelo vereador Delegado Palumbo (MDB). Em reportagem, ele contou que recebeu “várias reclamações” de comerciantes da região. “Esses comerciantes relataram tentativas de extorsão”, conta. O vereador decidiu abrir o gabinete para receber as denúncias. No dia 18 de abril, a primeira denunciante foi levada presencialmente ao Ministério Público.

No mês seguinte, mais uma denúncia chegou ao parlamentar. Um comerciante relatou ter recebido um suposto pedido de R$ 15 mil em troca da emissão de um alvará de funcionamento. O relato levou à prisão em flagrante de um funcionário da subprefeitura no dia 26 de maio.

COM A PALAVRA, A SUBPREFEITURA DA LAPA

Até a publicação deste texto, a reportagem aguardava uma resposta da subprefeitura da Lapa. O espaço está aberto para manifestação. O gabinete de Rogério Marin também foi procurado, mas não quis comentar a prisão.

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