A campanha de conscientização e combate ao suicídio, Setembro Amarelo, começou em 2015 e continua ativa nas discussões sobre transtornos mentais. Na região, a mobilização gira em torno de ações gratuitas com semanas de palestras e serviços de acolhimento nas escolas e iluminação de empreendimentos. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada 3 minutos uma pessoa tenta suicídio no mundo, enquanto no Brasil, a cada 45 minutos uma pessoa tira a própria vida, o que torna o suicídio uma das principais causas de morte de jovens com idades entre 15 a 29 anos.
Quando há mudança no comportamento dos alunos – o que pode ser indicativo de problema psicológico – os professores das escolas municipais de Mauá chamam os estudantes para conversar e fornecer acolhimento. Entre os principais relatos estão problemas de autoaceitação e sexualidade. Neste mês, em prol da campanha, as escolas terão ainda palestras com psicólogos para falar sobre autoestima e aceitação e painéis com frases que aumentem a autoestima dos alunos em inglês, espanhol e português.
São Bernardo conscientizou a população com corredores que utilizaram uniformes amarelos na Corrida da Cidade, ação promovida no último domingo (1/9) em percurso de 5 quilômetros. Ainda no município o Golden Square Shopping, em São Bernardo, também conscientizou com iluminação amarela na fachada.
Em São Caetano, além da iluminação do ParkShopping, as escolas municipais reforçam o trabalho de diálogo, acolhimento e ações da valorização da vida, principalmente no Ensino Fundamental II, antes da idade crítica. No planejamento pedagógico anual foi incluído o tema Promoção de Saúde Mental e Identificação de alunos com possíveis sinais de alteração. Na proposta, os professores recebem capacitação para identificar sinais de ansiedade, depressão e até potencial de suicídio.
Destinado à prevenção dos casos, o Centro de Valorização da Vida (CVV) também intensifica os atendimentos de pessoas ao longo do mês. Por meio do telefone gratuito (188) ou no site www.cvv.org.br, pessoas com comportamento depressivo, mudança repentina da rotina e problemas familiares podem buscar ajuda. Não há necessidade de identificação.
Todas as prefeituras da região mantêm serviços públicos para atender casos de distúrbios mentais com tratamento monitorado. O paciente pode buscar qualquer unidade básica de saúde ou unidade de saúde da família para obter ajuda.