Dólar recua com retomada de conversas entre EUA-China, ajuste técnico e fluxo

O dólar opera em baixa no mercado doméstico, em linha com o sinal predominante no exterior, depois da valorização global de terça-feira. Um fluxo cambial positivo ajudou a levar as cotações à vista às mínimas neste fim de manhã de quarta-feira.

Há ajustes técnicos e fluxo cambial positivo, após a alta de terça, diz o diretor superintendente da Correparti, Jefferson Rugik. A correção de baixa acompanha ainda o dólar mais fraco ante moedas emergentes no exterior em meio à perspectiva de retomada das negociações entre os Estados Unidos e a China na próxima semana.

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“Há um leve fluxo de entrada de investidor estrangeiro, possivelmente para a oferta de ações (follow on) da empresa de transporte Movida, entre outras, e também vendas por exportadores no mercado à vista”, observa Rugik.

O operador Thiago Silencio, da CM Capital Markets, acrescenta que a desvalorização da divisa dos EUA no exterior também precifica os dados europeus de atividade industrial ruins e que amparam apostas em um viés de corte de juros pelo Fed na próxima semana e possivelmente também o anuncio de estímulos pelo Banco Central Europeu após sua reunião de política monetária, nesta quinta-feira. Nos Estados Unidos, foram divulgados dados mistos de PMI, mas sem reação aparente da moeda americana.

O índice de gerentes de compras (PMI) composto dos Estados Unidos subiu de 51,5 em junho para 51,6 na leitura preliminar de junho, informou a IHS Markit. O PMI de serviços, por sua vez, subiu de 51,5 para 52,2 no mesmo período e superou a projeção de analistas ouvidos pelo Wall Street Journal, que previam alta a 52,0. Os resultados do PMI composto e de serviços marcam o maior nível em três meses.
O setor industrial, por outro lado, recuou de 50,6 em junho para 50,0 na leitura preliminar de julho, no menor nível em quase dez anos (118 meses). O resultado ainda frustrou as expectativas de analistas, que esperavam avanço a 51,0.

Na avaliação do economista-chefe da IHS Markit, Chris Williamson, “os dados indicam que a economia iniciou o terceiro trimestre com uma base suave decepcionante”.

Na mínima, o dólar à vista caiu a R$ 3,7538 (-0,50%) e, às 11h22, era cotado a R$ 3,7573 (-0,41%). O dólar para agosto recuou até uma mínima de R$ 3,7540 (-0,56%) e, há pouco, caía a R$ 3,7570 (-0,48%).

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