Mais uma preocupação ao povo de Mauá

Leia também

Chegou a hora de escolher

05/10/2018

Agência de emprego?

05/09/2018

Cadê o retorno do nosso dinheiro?

29/09/2017

Mauá já tem incontáveis problemas no dia a dia e ainda precisa lidar com uma triste página de sua história, ao ter um prefeito preso em pleno exercício. Como se não bastasse tudo isso, agora o mauaense corre o risco de enfrentar um colapso nos serviços já precários na saúde pública, por conta de um bate-boca interminável entre a Prefeitura e a FUABC (Fundação do ABC).

Desde que assumiu, o prefeito, agora afastado por conta da prisão, Atila Jacomussi (PSB) tem subido o tom das críticas à FUABC. Até esse ponto, nada condenável, uma vez que é função do prefeito bater o pé, quando vê a sua cidade ser prejudicada. No entanto, qual seria a alternativa a um eventual e, talvez natural, rompimento entre as partes? Quem assumiria os serviços de saúde? Houve um plano b diante desse cenário?

Observar a forma que o governo da prefeita interina Alaíde Damo (MDB) busca, em um tom muito mais pacifista, renovar com a FUABC, após uma ameaça do então presidente indicado na organização, David Uip, mostra que não houve planejamento em médio prazo. Agora Mauá pede com urgência à organização, antes tão criticada por Atila, permanecer, simplesmente por falta de opção.

A ausência de planejamento em gestão pública, ainda mais em um setor tão sensível quanto à saúde pública, abre espaço para grupos aventureiros, sem conhecimento técnico para lidar com um serviço tão complexo. E quem mais sofre com esse cabo de guerra, em que o jogo parecer ser quem grita mais perante gravadores e microfones, é a população de Mauá, em sua grande maioria carente e sem plano privado.

Que haja bom senso ao governo de Alaíde e à nova gestão da FUABC. Cada um tem o direito de lutar pelos seus direitos, isso é inquestionável. No entanto, que tudo isso seja feito com responsabilidade, sem desamparar o mauaense.