ABC - segunda-feira , 29 de abril de 2024

Seis anos de meras promessas

Entre os sete prefeitos do ABC, há dois tipos de cobranças que necessariamente devem ter dosagens distintas. Por um lado, temos aqueles que estão no primeiro mandato, e, por outro, aqueles que foram reeleitos no processo eleitoral de 2016. Em Diadema, o prefeito Lauro Michels (PV) deve ter uma cobrança diferenciada pelos seus cinco anos de gestão, principalmente pela clara ineficiência no serviço de Saúde Pública.

É triste ver que em Diadema, a Saúde Pública segue um caminho crescente de caos, em vez de apresentar sinais de melhorias. Michels tem pouco mais de dois anos e meio de governo, mas quem não resolve em cinco anos, vai mesmo apontar para um atendimento digno aos diademenses na reta final de seu mandato?

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A verdade é que a Prefeitura de Diadema desrespeita o diademense diariamente. Basta entrar no Hospital Municipal, no bairro Piraporinha, para ver um caos: pacientes em macas nos corredores, estrutura precária, falta de instrumentos e condições de trabalho aos servidores, que reclamam da ausência de reposição de mão de obra. No Quarteirão da Saúde, equipamentos que não funcionam…

Em 2014, Diadema perdeu a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Paineiras, que recebia recursos do governo federal, mas não funcionava 24 horas por dia, conforme exigia portaria do Ministério da Saúde. Michels também abriu mão da UPA Piraporinha, ao alegar que havia prioridade de reformar o Hospital Municipal, promessa que não saiu de palavras.

Agora são os Caps (Centro de Atenção Psicossocial) que sofrem com crescente descaso. O Caps III Sul/Oeste, na região do Eldorado, deveria atender 24 horas, porém, abre as portas das 7h às 19h. E o novo Hospital Municipal, promessa de campanha de Michels, nem sinal para um dia sair do papel.

A Saúde de Diadema é uma vergonha e um retrato de desrespeito ao povo diademense.

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