ABC - domingo , 26 de maio de 2024

Aliados históricos já falam em candidatura própria em 2018

Diante do enfraquecimento do PT, aliados históricos da sigla que obtiveram bons resultados nas eleições municipais já falam em lançar candidatos à Presidência em 2018. É o caso do PCdoB e o PDT.

A avaliação de dirigentes das duas siglas é de que hoje o PT tem apenas um nome natural para 2018, que é o ex-presidente Lula, e que essa candidatura poderá ser inviabilizada com o avanço da Operação Lava Jato.

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“Eu, pessoalmente, defendo que o PCdoB tenha um candidato a presidente”, disse o deputado Orlando Silva (SP). Ele sugeriu nomes como o governador do Maranhão, Flávio Dino, e do ex-ministro Aldo Rebelo. “Temos de repensar o projeto da esquerda e, para isso, é preciso colocar novos nomes para a sociedade brasileira”, defendeu.

O PCdoB conquistou 80 prefeituras este ano frente as 54 de 2012. O crescimento se deve à influência de Dino, que conseguiu eleger 46 prefeitos do partido somente no Maranhão.

Para o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, o crescimento do partido foi o primeiro movimento para consolidar a candidatura do ex-ministro Ciro Gomes em 2018. “Esse é um cenário irreversível”, disse. Para Lupi, chegou a vez de o PT apoiar uma candidato que represente o campo da centro-esquerda.

O PSOL também considera “impossível” apoiar um candidato do PT em 2018, ou mesmo fazer parte de uma frente mais ampla de esquerda para a sucessão. “A frente tem de ser da sociedade, não dos partidos”, disse deputada Luiza Erundina, candidata derrotada em São Paulo.

Segundo o deputado Chico Alencar (RJ), a tendência hoje é que o PSOL lance candidato próprio em 2018. O partido comemorou o desempenho nas eleições municipais, apesar de ter eleito apenas dois prefeitos no domingo. A aposta da sigla, no entanto, é que Marcelo Freixo consiga vencer no segundo turno no Rio.

Para o líder do PT na Câmara, Afonso Florence (BA), a derrota se deve ao momento político e pode ser revertida no futuro. Ele, porém, diz que o partido estará aberto a analisar opções de outras legendas para 2018. “Se surgir alguém com densidade eleitoral, com articulação política para liderar, o PT vai ter que sentar e discutir “, disse.

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