ABC - quinta-feira , 30 de maio de 2024

É hora de vestir a casa para o frio

A tendência de lareiras continua em alta. Atualmente, o mercado oferece versões também a gás e importadas, que são alimentadas por etanol, eletricidade e outras fontes de energia / Foto: Bella Telha

A busca pelo conforto no ambiente caminha na velocidade das ofertas de tecnologias e procedimentos sugeridos pela indústria do aconchego, principalmente para aquele consumidor que descobre que podia ter tomado algumas medidas de proteção térmica quando a temperatura sobe ou despenca de uma hora para outra. Neste sentido, o RD buscou dicas de isolamento térmico com a arquitetura que podem ser aplicadas de imediato e para quem vai reformar ou construir imóvel.

Se a ideia é adaptar o projeto, há vários recursos. No caso do inverno, o mercado oferece as lareiras portáteis, que podem ser utilizadas em vários ambientes e dispensam obra de alvenaria. Há versões interessantes no mercado que combinam com muitos estilos de decoração. Tudo depende do gosto e bolso do consumidor.

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Outra mudança rápida é o fechamento em vidro retrátil, de 8 mm temperado, de sacadas e terraços. A medida ajuda a manter a temperatura interna mais alta e, com isso, permite o uso do espaço nos dias mais frios, segundo Juliana Traldi Bomfim, arquiteta da Bomfim Arquitetura, em Santo André. Hoje, a grande maioria dos condomínios autoriza o fechamento do espaço.

Além do charme, tapetes também ajudam no isolamento térmico, principalmente de ambientes com piso de porcelanato. Thelma Sgarbi, arquiteta e especificadora de produto da TS Revestimentos, também em Santo André, sugere o uso de tapete em naylon de 30 mm até 70 mm, porque não agride a natureza e nem contribui para alergias. Juliana lembra que existe também uma infinidade de mantas no mercado, em tecidos e lãs, que decoram e tornam o ambiente mais aconchegante.

CLIMA ROMÂNTICO
Troca do tecido do sofá e poltronas por tecidos mais térmicos, como a camurça natural ou sintética, é outro recurso, assim como a instalação de candelabros com velas. “Candelabros dão um clima romântico e aquecem o ambiente”, comenta Juliana.

Nas paredes, a sugestão de Juliana Bomfim é aplicar tons mais quentes, como os terrosos e amarelados. É possível também trabalhar com revestimentos decorativos, como papel de parede e tecido. Thelma lembra que existe até papel de parede camurçado. “Funciona na parte acústica e ameniza a friagem”, diz. Outra medida para vestir a casa para o frio é instalar forro em tecido grosso nas cortinas, como o brim, que aplaca o vento e reduz a sensação de ambiente gelado.

Aquecedor é outra alternativa. Mas o professor de Engenharia Elétrica da FEI, Mario Kawano, recomenda atenção para as versões que ressecam o ambiente. “Aquecedores com grade de metal, que chega a ficar incandescente no funcionamento, retiram a umidade do ar”, diz o professor que também atenta para o risco de acidente, principalmente com crianças. A dica são os aquecedores a óleo sem grades de metal e automáticos. Para isso, é necessário que a potência seja adequada à área a ser aquecida, informação que está na embalagem do produto. Outra recomendação é que a tomada seja de uso específico.

Projeto determina grau de aconchego
No âmbito da reforma e construção, os recursos também são vastos. Uma das novidades é o porcelanato de acabamento para pisos e paredes. Há uma infinidade de opções que ajudam na parte térmica. Segundo Juliana Traldi Bomfim, a nova versão de acabamento acetinado oferece uma sensação de toque mais confortável do que o polido, que parece gelado.

Há também bons sistemas de aquecimento de pisos, comuns em países do Hemisfério Norte e que agora estão disponíveis no mercado nacional. Mas o produto é oferecido no Brasil por poucas marcas, por isso o preço e a instalação ainda são impeditivos.

A tendência de lareiras continua em alta. Atualmente, o mercado oferece versões também a gás e importadas, que são alimentadas por etanol, eletricidade e outras fontes de energia. Com aquecimento inteligente, o diferencial está nas chamas projetadas com efeito 3D e com intensidade regulável por um controle remoto. Mesmo quando o aquecedor é desligado, é possível manter o efeito visual.

Frente à tradicional, Thelma Sgarbi recomenda a versão a gás, porque é fácil de instalar e imita a liberação de fumaça. “Basta providenciar uma caixa de madeira e fazer a ligação do gás”, diz.

Também para quem vai mexer com alvenaria, existem telhas termoacústicas, com isopor, que isolam internamente o som e temperatura. A versão, no entanto, é cerca de 40% mais cara que a telha metálica.

O mercado imobiliário tem investido muito em produtos e tecnologias que atendam o conforto do usuário. Para isso, basta inserir o fator isolamento térmico como prioridade no projeto.

CONTATO
Juliana Traldi Bomfim
Telefone: 4990-3344

Thelma Sgarbi
Telefone: 4422-6700

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