
A Prefeitura de Diadema e o Sindicato dos Funcionários Públicos da cidade (Sindema) participaram de uma audiência de conciliação nesta terça-feira (10/05), após a crise sobre o processo da campanha salarial da cidade. No encontro promovido pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), foi definido que uma nova mesa de negociações será aberta no dia 24 de junho. Um acordo é aguardado pelo Judiciário até o dia 30 de junho.
Segundo a ata da audiência, os dois lados concordaram na suspensão de uma greve até o final do mês e o início do debate sobre os principais temas em relação a essa crise. Serão três temas: negociação de pontos sobre o auxílio saúde; o não desconto dos dias não trabalhados, mediante compensação; e a análise sobre a possibilidade de concessão de abono em decorrência de perdas salariais devido ao período em que o reajuste aprovado na semana passada não contempla.
Em informe divulgado aos servidores, o presidente do Sindema, Ritchie Soares, relatou o ocorrido na reunião com o Judiciário. “Seguiremos firmes, atentos e unidos! A mobilização continua e a participação de todos será fundamental nesta nova etapa da negociação com o governo municipal.”, escreveu o sindicalista.
A reportagem também procurou a Prefeitura que confirmou as informações sobre o encontro entre as duas partes e aguarda a reunião do dia 24 para negociar todos os pontos com a direção do Sindema. O secretário de Administração e Gestão de Pessoas, Kiko Teixeira, o procurador geral do município, Carlos Roberto Pegoretti Junior, e a procuradora do município Sandrea Alves Abbaas representaram o Poder Executivo no encontro.
Contexto
A audiência de conciliação desta terça-feira foi determinada na semana passada. A Prefeitura de Diadema entrou com um pedido de liminar para garantir que 70% dos servidores seguissem no trabalho na quinta-feira (05/06), dia da segunda paralisação da categoria. O desembargador Arthur Cesar Beretta da Silveira determinou o encontro virtual para tentar um acordo entre as partes.
O Sindema reclama sobre o fato de a Prefeitura ter enviado ao Legislativo o projeto de reajuste salarial dos servidores e da instituição do auxílio saúde sem que a categoria tivesse aprovado. O caso do auxílio é o mais emblemático, pois aponta a possibilidade de o Sindicato ser o responsável pela contratação de uma empresa de plano de saúde para os servidores, independente se são filiados ou não a entidade.
A Prefeitura de Diadema alega que tentou conversar com a categoria durante as mesas de negociações e que estabeleceu a proposta que julgou possível. Lembrando que o reajuste será de 4,87%, dividido em duas vezes: 2% em 1º de junho e outros 2,87% em 1º de novembro.