
O avanço da dengue preocupa o ABC, que já soma 5.516 vítimas da doença neste ano. Três mortes foram confirmadas no período — duas em Diadema e uma em Santo André, cidades que, juntamente com São Bernardo, concentram a maior parte dos casos confirmados, com 4.768 registros. A principal forma de conter a doença é o combate direto à proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus.
São Bernardo
Em 2024, São Bernardo teve 13.136 casos de dengue confirmados. Em 2025, até o momento, foram 1.075 casos confirmados. Até o momento não foi confirmado óbito pela doença em 2025. Em 2024 foram confirmados 16 óbitos pela doença.
A Vigilância Epidemiológica e o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da cidade promovem capacitações, orientações e palestras para profissionais e serviços de saúde sobre a prevenção e manejo clínico da doença. Além de ações com tenda em eventos abertos de orientação e entrega de panfletos sobre doenças como dengue, chikungunya e zika.
A Prefeitura revela que utiliza nebulizadores em veículos para aplicar inseticida e eliminar mosquitos adultos, além de drones que, mapeiam criadouros em locais de difícil acesso e aplicam larvicidas para conter a proliferação do mosquito.
“Agentes e supervisores de combate a endemias visitam diariamente imóveis e pontos estratégicos, como pátios de veículos apreendidos, desmanches, recicladoras, transportadoras, borracharias e montadoras de veículos. O objetivo das visitas é identificar e eliminar criadouros do mosquito”. Desde janeiro, mais de 240 mil imóveis já foram visitados, de acordo com a administração municipal.
São Caetano
Em São Caetano, foram 8.791 casos registrados em 2024. Até o momento, o município contabiliza 658 casos neste ano. No ano passado, a cidade teve cinco óbitos e, até agora, nenhum neste ano. O Centro de Controle de Zoonoses possui 12 Pontos Estratégicos cadastrados.
“A cidade conta com ações de combate e prevenção às arboviroses em conformidade com o Plano Nacional de Controle do Aedes aegypti, do Ministério da Saúde”, diz a Prefeitura.
Entre as principais medidas, destacam-se:
– Avaliação de Densidade Larvária, que analisa o nível de infestação do mosquito na cidade;
– Vistoria quinzenal em Pontos Estratégicos, como cemitérios e ferros-velhos, locais com grande potencial de criadouros;
– Visitas bimestrais em Imóveis Especiais, em locais com grande circulação de pessoas, por exemplo Unidades Básicas de Saúde e Hospitais;
– Atividade casa a casa: visitas de rotina.
Em casos de notificação de suspeita de arboviroses, é feito o bloqueio de criadouros e, havendo transmissão autóctone de dengue dentro do período de viremia, ocorre a nebulização. A cidade ainda promove ações educativas em escolas, empresas, condomínios e associações de bairro, com o apoio dos Agentes Comunitários de Saúde, que também atuam na conscientização popular e no controle de criadouros, especialmente durante quatro meses do ano, por meio do Programa Saúde da Família. As denúncias da população são atendidas por telefone (4233-7516) ou e-mail (denunciaccz@saocatanodosul.sp.gov.br).
Diadema
Diadema registrou 10.596 casos registrados em 2024. Até o momento, o município contabiliza 1.853 casos neste ano. No mesmo período de 2024, foram confirmados 7.179 casos. Até agora, foram registrados dois óbitos por dengue; no mesmo período de 2024, foram dez óbitos, e em todo o ano anterior, 11 mortes causadas pela doença. De acordo com a Prefeitura, atualmente, toda a cidade é monitorada pela Secretaria Municipal da Saúde, por meio de suas equipes de vigilância.
A Prefeitura afirma ainda que realiza vistorias casa a casa para eliminar os criadouros do mosquito, além da aplicação de larvicida em pontos estratégicos e áreas com maior incidência. Também promove mutirões em parceria com agentes comunitários e apoio da Defesa Civil, além de ações de nebulização em bairros com maior número de casos confirmados. Além disso, estimula a vacinação entre o público-alvo da imunização (jovens de 10 a 14 anos), promove campanhas nas escolas e distribui material informativo nas Unidades de Saúde.
Ribeirão Pires
Em Ribeirão Pires, foram 686 casos registrados em 2024. Entre janeiro e abril deste ano, o município contabilizou 84 casos. No ano passado, houve um óbito e, neste ano, até o momento, nenhum.
A Prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde, informou que realiza ações contínuas através do Centro de Controle de Zoonoses, como vistorias, bloqueios em locais positivos e atividades educativas de conscientização junto aos moradores. A cidade também conta com 900 armadilhas In2Care da Biovec para controlar a proliferação do Aedes aegypti.
Rio Grande da Serra
Em Rio Grande da Serra, foram 221 casos registrados em 2024. Até agora, o município contabiliza seis casos neste ano. Em ambos os anos não houve óbitos pela doença. A cidade monitora 15 pontos estratégicos em razão dos focos do mosquito Aedes aegypti.
A administração municipal conta que realiza vistorias e visitas domiciliares voltadas à eliminação de criadouros, bloqueios e Avaliação de Densidade Larvária (ADL). Também são monitorados Pontos Estratégicos e de Risco, com aplicação de larvicidas, desinsetização e nebulização nos locais identificados. “A população recebe orientações por meio de ações de educação em saúde e palestras em instituições de ensino”, afirma.
Santo André
Entre janeiro e maio de 2024, Santo André registrou 9.271 casos de dengue, com cinco óbitos. No mesmo período deste ano, foram contabilizados 1.840 casos, com apenas um óbito. “Atualmente, temos 365 Imóveis Especiais e Pontos Estratégicos sendo monitorados”, afirma a Prefeitura.
A administração municipal relata que atua durante todo o ano com diversas ações, como visitas casa a casa, eliminação de criadouros, tratamento de larvas em locais estratégicos — como cemitérios, recicladoras e terrenos —, além da análise de densidade larvária (ADL). Também conta com a Brigada contra o Aedes, composta por mais de 260 órgãos e 780 brigadistas, que reforça esse trabalho. As ações educativas são realizadas em escolas municipais, estaduais e particulares, com material de apoio para alunos e pais. A Prefeitura ainda capacita profissionais da saúde sobre arboviroses e promove atividades de conscientização em parques e vias de grande circulação.
Mauá
Mauá registrou 11.531 casos de dengue em 2024, com 11 mortes confirmadas no período. Em 2025, até o momento, não houve óbitos. A cidade monitora atualmente 28 Pontos Estratégicos devido aos focos do mosquito Aedes aegypti. A Prefeitura não informou a quantidade de casos registrados neste ano.
De acordo com a administração municipal, os agentes de endemias e os agentes comunitários de saúde realizam vistorias e bloqueios em imóveis, além de orientar a população sobre as doenças causadas pelo inseto. As visitas ocorrem em domicílios, Pontos Estratégicos — como ferros-velhos —, Imóveis Especiais — como unidades básicas de saúde e escolas —, além de bloqueios em áreas com casos suspeitos e a Avaliação de Densidade Larvária (ADL), que mede o nível de infestação do mosquito.
“Quando necessário, a equipe aplica larvicidas em recipientes fixos, seguindo os protocolos do Ministério da Saúde. Também são promovidas ações educativas com distribuição de material informativo, exposições de maquetes itinerantes em unidades de saúde e escolas, palestras na rede de ensino, empresas públicas e privadas, além de capacitações para profissionais da rede pública e privada de saúde.”