
No comparativo entre os meses de fevereiro do ano passado e deste, o repasse de ICMS para as prefeituras alcançou a marca dos R$ 235,7 milhões, número que ficou 23,19% maior do que os R$ 191,3 obtidos no segundo mês de 2024. A Secretaria da Fazenda do Estado depositou nesta terça-feira (25/02) a quarta parcela do repasse aos municípios feita neste mês. Os números mostram que a região se recuperou do resultado ruim de janeiro quanto todas as cidades tiveram menos arrecadação do que no mesmo período do ano anterior.
O maior crescimento para o mês de fevereiro, frente ao mesmo período do ano passado, em repasses de ICMS, fica para São Bernardo, que cresceu 29,30%, revertendo a variação negativa de janeiro, que estava em -6,92%. Com crescimento de 26,97%, Ribeirão Pires também se destacou em no aumento de repasse do tributo federal, depois de ter amargado variação -8,39% no comparativo de janeiro de 2024 com o primeiro mês deste ano. Todas as cidades cresceram perto ou acima dos 20% em fevereiro, só Rio Grande da Serra cresceu 10,19%, mas reverteu o pior resultado na variação de janeiro que estava em -21%.
O gestor do curso de Economia da USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul), Volney Gouveia, considera que o ABC se destaca mesmo dentro de um cenário já positivo para o governo paulista. “Esses números têm tudo a ver com a economia do Estado e o setor que mais tem puxado a economia é a indústria. Essa forte recuperação da indústria entre 2023 e 2024 certamente impactou aqui como no Estado, mas mais aqui por conta da vocação industrial da região”, analisa.
O economista diz que a indústria produzindo mais, maior valor agregado dos produtos comercializados na região, mais empregos e melhores salários contribuem para o dinamismo da economia, além das importações que também trouxeram bons resultados para a economia da região. “Eu diria que o ABC tem dado grande contribuição para o PIB (Produto Interno Bruto) paulista; são R$ 350 bilhões por ano no Estado e a região tem um protagonismo importante neste montante. Eu avalio que isso dá condições para melhorar a qualificação profissional, é preciso também melhorar o sistema S (Sesi, Senai e Senac) no ABC na linha de qualificar melhor e preparar o país para o salto que ele precisa”, completa o professor da USCS.