O TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) inaugurou nesta quarta-feira (17/04), a nova sede da Justiça Eleitoral em Diadema. O local, que será custeado pelo próprio Tribunal, vai unificar as três zonas eleitorais da cidade (222º, 329º e 426º). Durante o evento, o presidente do TRE-SP, o desembargador Silmar Fernandes, apontou sua preocupação com a desinformação durante as eleições municipais de outubro.
A nova sede está localizada na avenida Sete de Setembro, nº 97, há alguns metros da antiga sede da 222º Zona Eleitoral. O local já realizou atendimentos presenciais que foram agendados pela internet. O local vai unificar todo o trabalho da Justiça Eleitoral na cidade, inclusive o trabalho dos juízes eleitorais André Mattos Soares, Sérgio Augusto Duarte Moreira e José Pedro Rebello Giannini.
“Diadema é uma cidade que precisamos dar um carinho especial. Com esse novo cartório eleitoral nós estamos dando esse carinho que Diadema merece, ou seja, facilita a vida do eleitor. Cada um tinha que ir u cartório diferente, agora tudo fica concentrado aqui”, disse Fernandes.
Durante seu discurso, o desembargador deixou claro que apesar da Prefeitura diademense não necessitar custear o aluguel do local, como fazia com as sedes das zonas eleitorais, a parceria com a cidade segue com a participação de outros integrantes do Poder Público para este trabalho, pois, em alguns momentos, servidores públicos da cidade são requisitados pelo cartório eleitoral para a realização dos trabalhos.
A Justiça Eleitoral é o quarto órgão do judiciário que se instala na avenida Sete de Setembro. A via conta com as sedes do Tribunal de Justiça, do Ministério Público e do Procon. A cidade conta com 340 mil eleitores e 87 locais de votação.
Eleições
Nos últimos dias o Tribunal Regional iniciou uma campanha para que os jovens possam garantir o seu título de eleitor, e por consequência, o direito ao voto. A campanha segue até o dia 8 de maio, último momento para garantir a participação na eleição de outubro.
Apesar da campanha, não são os mais novos que causam preocupação para Silmar Fernandes e a Justiça Eleitoral. “O que mais nos aflige é o flagelo de outras eleições: é a desinformação, o discurso de ódio. Agora temos a Inteligência Artificial. Nós estamos nos preparando”.
Ainda não existe uma legislação sobre o uso da Inteligência Artificial nas eleições, apenas uma resolução. Porém, Silmar aponta que as plataformas digitais foram chamadas para fiscalizar qualquer irregularidade. A Justiça Eleitoral conta também com o trabalho da imprensa e das denúncias que podem ser feitas pelos próprios eleitores.