Janja: Críticas de Musk a Moraes fazem parte de ‘ação que visa lucro’ e ‘contra a democracia’

A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, criticou, nesta segunda-feira, 8/4, os ataques do empresário Elon Musk ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Para ela, as publicações do bilionário atacam “a soberania brasileira”, e representam não só “uma ação coordenada contra a democracia”, mas também “uma ação que visa lucro”.

No X (antigo Twitter), onde Musk escreveu as declarações criticadas pela primeira-dama, Janja disse que “liberar contas que haviam sido bloqueadas por decisões judiciais é um desrespeito a uma decisão do judiciário brasileiro. Esses perfis são utilizados para disseminar fake news, ódio e misoginia, e também para sustentar a tentativa de golpe do 08 de janeiro de 2023”.

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Para ela, a postura do empresário, que não “surpreende”, demonstra uma “articulação da extrema direita, que tenta corroer nossa sociedade”. Isso porque Musk disse, neste domingo, 7, que Moraes deve “renunciar ou sofrer um impeachment” por trair “descaradamente e repetidamente a Constituição e a população do Brasil”.

Janja defende a regulamentação das big techs que controlam as redes sociais, pauta reacendida no Congresso que deve analisar o projeto das fake news, e afirma, concordando com o ministro do STF, que as “redes sociais não são terra sem lei! E as plataformas, além de obedecerem às decisões judiciais de cada país, devem ser responsabilizadas pelos crimes cometidos dentro dela”.

O embate entre o Moraes e Musk se intensificou após o bilionário acusar o magistrado de promover uma censura no Brasil ao ordenar a retirada de conteúdo e de bloqueio de perfis investigados por ataques às urnas eletrônicas. Depois de ameaçar descumprir as ordens judiciais, o empresário foi incluído no inquérito das milícias digitais como investigado.

Além disso, Moraes ordenou a abertura de um inquérito sobre o empresário por suposta obstrução de Justiça, “inclusive em organização criminosa e incitação ao crime”, sob argumento de que o dono do X cometeu “dolosa instrumentalização” da rede social.

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