Plano industrial prevê subsídios e compra de produtos nacionais

O governo vai lançar nesta segunda-feira, 22, uma política industrial que prevê três grupos de “estímulo” do Estado ao setor produtivo, divididos em instrumentos financeiros, como linhas de crédito, subsídios e subvenções; melhoria do ambiente de negócios; e o uso do poder de compra do setor público para alavancar “áreas estratégicas”.

Em relação ao último, como mostrou o Estadão/Broadcast em junho do ano passado, parte das decisões irá passar por uma comissão de ministros que vai definir, por exemplo, os setores nos quais o governo exigirá a aquisição de produtos e serviços nacionais – tendo o Novo PAC como referencial.

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As metas “aspiracionais” da política industrial, chamada de Nova Indústria Brasil, passarão nesta segunda pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), que se reúne às 11 horas, no Palácio do Planalto. O documento traça estratégias até 2033.

A política foi produzida ao longo do segundo semestre do ano passado pelos membros do CNDI, que é liderado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), e é composto por 20 pastas, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e 21 entidades representativas da sociedade civil, do setor produtivo e dos trabalhadores.

Entre as propostas, está um projeto de aumentar para 50% a participação do setor agroindustrial no PIB agropecuário e alcançar 70% de mecanização dos estabelecimentos de agricultura familiar, com o suprimento de pelo menos 95% do mercado por máquinas e equipamentos de produção nacional.

Para a missão “verde”, o Executivo quer reduzir em 30% a emissão de CO22 por valor adicionado da indústria, e aplicar em 50% a participação dos biocombustíveis na matriz energética de transportes.

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