
Por Carlos Correia
As festas de final de ano sempre são cheias de emoções. Para algumas pessoas, o encontro com a família e a comemoração de conquistas importantes trazem sentimentos de alegria e plenitude. Para outras, o mesmo final de ano pode representar um sentimento de abandono e solidão. As emoções estão sempre presentes. O CVV entende que podemos estar atentos às pessoas ao nosso redor.
Comemorar é muito bom, assim como é bom oferecer apoio e atenção àqueles que não encontram motivos para comemorar. Mesmo sem percebermos, esse clima que faz com que tudo pareça alegria e que reconstrói a imagem do mundo perfeito, de amigos unidos e das conquistas realizadas no ano que se encerra, pode criar uma pressão muito grande, às vezes insuportável, para muitas pessoas.
O conceito de felicidade e de conclusão das pendências no final do ano, custe o que custar, existe há décadas, porém ultimamente tem sido reforçado pelas mídias sociais. Imagine alguém que teve de lidar com perdas e se sente isolada, olha para trás e percebe que não realizou tudo que tinha se comprometido durante o ano ou quando ela vê repetidamente imagens de seus conhecidos aparentando felicidade, abraçados a amigos e familiares. Isso talvez possa causar desconforto e trazer sentimentos que podem deixar a pessoa triste e se sentindo distante, isolada desta realidade que não é a que vive no momento.
O CVV recomenda que, ao identificar alguém em situação de desconforto com as festas, se achar oportuno, converse, ouça com atenção e respeito o que essa pessoa tem a dizer. Essa atitude poderá ajudar. Para apoiar pessoas que precisem conversar, em todos os momentos, o CVV mantém o telefone 188, serviço gratuito, sem custo de ligação, disponível em todo o território nacional.
Há décadas funcionamos 24 horas por dia, inclusive nos feriados, como Natal e Ano Novo. A necessidade de conversar de forma aberta sobre os próprios sentimentos nem sempre marca hora. O CVV oferece o mesmo atendimento por meio do chat e e-mail, disponíveis em horários restritos. Para utilizar esses serviços, acesse o site www.cvv.org.br.
Carlos Correia é voluntário do CVV (Centro de Valorização da Vida).