O Dia do Empreendedorismo Feminino será celebrado no dia 19 de novembro. A data foi instituída pela ONU (Organização das Nações Unidas) como um dos principais pontos para o desenvolvimento econômico e social, e na busca pela igualdade de gênero. Ao RD Momento Econômico desta quinta-feira (16/11), Luana Grigolete Rocha e Gabrielli Xavier da Silva, apontaram os principais desafios para que as mulheres tenham mais incentivo para empreender no Brasil
Luana é docente da área de Gestão e Negócios do Senac Santo André. A especialista lembra que no Brasil existem um pouco mais de 10 milhões de mulheres que empreende, mas um pouco mais de 30% que estão realmente como sócias ou donas de negócios regularizados. A professora aponta que ainda há um processo de machismo que impede que o empreendedorismo feminino possa crescer e se desenvolver.
“Estamos falando de uma questão de representatividade, de quebra de padrão. Dizendo para mulher que ela pode ser o que ela quiser, embora saibamos que é uma questão de resistência e resiliência para os nossos empreendedores”, justifica.
Um dos exemplos é de Gabrielli, que aos 20 anos começou a empreender em um salão de beleza e que a partir do Senac, começou a aplicar o aprendizado no dia a dia de seu estabelecimento. Assim, aponta não só o desafio de ser uma mulher que empreende, mas também por ser considerada jovem para tal processo.
“Foi desafiador (empreender), mas a gente se impondo nós mostramos que é possível. Hoje, a minha empresa existe, sou da área da beleza, e está ali, está acontecendo, está faturando. Agora eu, Gabi, quero incentivar mulheres a também virarem para o empreendedorismo feminino e mostrar que a gente pode se impor, porque não é fácil”, seguiu.
Entre os principais desafios está a falta de rede de apoio para empreender. Muitas vezes as mulheres não contam com algum apoio para cuidar dos filhos e conseguir gerenciar um negócio, o que acaba atrasando ou mesmo impedindo que um negócio prospere. Além disso, a descrença de uma mulher gerenciando negócios considerados “masculinos”, o que também gera desconfiança.
Luana relata que no curso livre de Administração do Senac, esses exemplos são colocados em sala de aula para incentivar as novas gerações. A professora considera que existe uma diferença da geração nova de empreendedoras e da mais experiente. Anteriormente existia a necessidade de empreender por necessidade financeira. Atualmente, muitas querem empreender, pois acabam vendo um problema e geram a solução necessária para isso, assim se colocando em um caminho mais objetivo para formar a própria empresa.