Trabalhadores do Metrô de São Paulo e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) decidiram, nesta segunda-feira (02/10), manter greve agendada para esta terça-feira (03/10). Os funcionários da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) também vão parar.
As três categorias decidiram paralisar as atividades após uma assembleia coletiva realizada na noite desta segunda (02/10), em que ocorreu votação simbólica para confirmar a greve.
A paralisação é contra os projetos de privatizações do governo, que inclui linhas da rede metroferroviária e a estatal de saneamento. Os sindicatos dizem que querem discutir mais esses planos com a sociedade e evitar a piora do serviço. A gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) tem chamado a greve de “política” e afirmado que os projetos de concessão à iniciativa privada estão sendo debatidos.
Quais linhas devem parar?
As linhas do metrô 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata do Metrô devem paralisar atividades, segundo o sindicato
As linhas 4-Amarela e 5-Lilás do Metrô, operadas pela iniciativa privada, não serão afetadas
O sindicato prevê paralisação de todas as linhas da CPTM de gestão pública, ou seja, as linhas 7-Rubi, 10-Turquesa, 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade. Já as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda seguirão operando na terça-feira, pois são administradas pela iniciativa privada
Como vai ser nos horários de pico?
Na sexta-feira, 29, o Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT) concedeu liminares ao Metrô e à CPTM determinando a operação de 100% dos serviços no horário de pico (6h às 9h e 16h às 19h) e de 80% nos demais horários, com multa de R$ 500 mil para cada um dos sindicatos em caso de descumprimento. No caso da Sabesp, o porcentual de trabalhadores que devem atuar é de 85% e a multa, de R$ 100 mil.
“O serviço é de vital importância à sociedade paulista que se locomove pela Grande São Paulo, servindo o Metrô como coluna vertebral da distribuição do transporte público e, portanto, a precária atividade afetaria inclusive a outros tantos ramos importantes da sociedade, hospitais, segurança pública, escolas etc, dado que o tráfego de automóveis na capial já se encontra há muito saturado”, escreveu o desembargador do Trabalho Celso Ricardo Peel Furtado de Oliveira.
Haverá liberação de catracas?
A liberação de catracas chegou a ser sugerida pelo Sindicato dos Metroviários, mas a Justiça do Trabalho não autorizou a medida.
Os serviços da Sabesp serão afetados?
Segundo o sindicato, não haverá interrupção do fornecimento de água. No dia da paralisação, os funcionários realizarão um ato junto à sede da companhia no bairro da Ponte Pequena, região central.