Desde 2012, as taxas de vacinação registram queda, mas por conta da grande propagação de notícias falsas relacionadas as vacinas (principalmente no período de pandemia da covid-19) e com o movimento antivacina, muitos deixaram de se imunizar, o que resultou no retorno de doenças que estavam erradicadas, a exemplo da poliomielite. É o que afirma o infectologista pediátrico da Prefeitura de Santo André, Marcus Martichelli, em entrevista ao RDtv.
De acordo com o infectologista, é importante que todos entendam que toda e qualquer reação às vacinas, são leves em comparação a doença em si. “Não existe necessidade de temer a vacina, uma vez que ela foi feita como cura”, afirma. Segundo Martichelli, o que as pessoas devem temer é contrair as doenças, seja ela a poliomielite, sarampo, influenza ou até a covid. “Por isso, pais e responsáveis devem garantir que os filhos recebam todas as vacinas necessárias para evitar o aumento de casos de doenças que eram ‘extintas’ no Brasil”, orienta.
Segundo o médico, as vacinas não devem ser aplicadas apenas na infância, mas é importante que os adolescentes e adultos também se vacinem quando necessário. “Para os adolescentes, é importante que as duas doses da vacina contra a HPV sejam aplicadas a partir dos nove anos e, para os adultos, a vacina contra a Influenza anualmente, já que o vírus da gripe muda constantemente e as vacinas mudam conforme o vírus se transforma”, orienta.
Há 50 anos, o Programa Nacional de Imunizações foi instaurado no Brasil, responsável por elaborar a política de vacinação do Brasil, desde a compra das vacinas de rotina até a definição do público que será imunizado.
Atualmente, o programa de imunizações brasileiro oferece, de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mais de 20 imunizantes para diversas doenças, sendo 17 vacinas para crianças, sete para adolescentes, cinco para adultos e idosos e três para gestantes, e todas fazem parte do Calendário Nacional de Vacinação.