Defesa dos salários e direito dos servidores, aprovação de lei da data-base de negociação coletiva, plano de cargos, salários e carreira, revisão do estatuto da GCM (Guarda Civil Municipal) contra o militarismo a defesa do serviço público contra as privatizações. Estas são algumas das propostas da Chapa 2 do Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos) Santo André. O sindicato está com eleições agendadas para os dias 11, 12, 13 e 14 de setembro e são reservadas para votação dos estatutários – servidores públicos – associados sindicalizados com registro realizado em até três meses antes do pleito sindical, que ocorre sempre a cada três anos.
Em entrevista ao RDtv dois representantes da Chapa 2 Sindicato é pra Lutar e Conquistar falam das propostas caso eleitos à frente do sindicato. O arquiteto Aylton Affonso, ex-diretor do SindServ, integra a chapa e defende que o sindicato mantenha características de luta e democracia. “Nós sentimos falta nessas últimas duas gestões, democracia no sindicato”, comenta. Affonso se queixa, também, da falta de interação dos servidores com decisões importantes e que impactam em toda a comunidade. “Em uma assembleia de campanha salarial, para avaliar a contraproposta oferecida pelo governo e a diretoria vetou a participação dos trabalhadores na assembleia, então queremos um sindicato que de fato defenda os trabalhadores”, relata.
Além das críticas em relação às gestões anteriores, a Chapa 2 aponta alguns dos pilares que pretende atuar caso seja eleita. Márcia Furquim, assistente social e também integrante da Chapa 2, diz que pretendem abrir mais espaços para mulheres. “A luta sindical ainda é um espaço muito masculino. É imprescindível que tenhamos um sindicato que lute para ampliação desses espaços para que a gente consiga estar nos momentos de decisão”, diz.
Márcia comenta também que os pilares básicos que vão fundamentar as ações da chapa, se eleita. “Defesa dos salários e direito dos servidores, aprovação de lei da data-base de negociação coletiva, plano de cargos, salários e carreira, revisão do estatuto contra o militarismo da GCM (Guarda Civil Municipal) e a defesa do serviço público contra as privatizações são algumas das principais propostas para a gestão”, afirma.
Neste ano, o eleitor terá apenas dois grupos na disputa da direção do Sindserv Santo André, composta por 21 nomes. A Chapa 1 Resistência, Honestidade e Luta, encabeçada pelas professoras Daisy Dias e Mirvane Dias, é representada pela atual diretoria, e será entrevistada pelo RDtv nesta segunda-feira (14/8), às 17h.
Nos quatro dias de votação, o sindicato vai disponibilizar 30 urnas fixas em escolas públicas, creches, unidades de saúde, unidades de assistência social, além da própria sede da concentração de servidores (rua Catequese, 756, vila Guiomar).
O Sindserv Santo André possui cerca de 5 mil associados e foi criado no final da década de 1980 com o objetivo de reivindicar o direito dos trabalhadores e garantir melhores condições de vida aos servidores sindicalistas e os prestadores de serviço. Santo André tem aproximadamente 10 mil servidores.