O Cenforpe (Centro de Formação dos Profissionais de Educação) de São Bernardo vai sediar nesta sexta-feira (23/06) a festa para comemorar os 30 anos do Proerd (Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência). A organização é do 6° Batalhão da Polícia Militar, que é responsável pelo policiamento em São Bernardo e São Caetano. Desde 1.997, quando o programa foi implantado cerca de 100 mil crianças das duas cidades já passaram pelo programa, através do qual, policiais militares ministram aulas sobre cidadania, sobre prevenção ao uso de drogas e, principalmente promover uma aproximação dos pequenos cidadãos com a Polícia Militar.
“O maior objetivo é plantar a ideia de que se pode dizer não às drogas, que a criança pode falar com os pais ou com o professor se algo diferente estiver acontecendo na escola. Outro objetivo é mostrar que o policial é um amigo. Se a criança crescer com medo da polícia, não vai ter confiança em contar o que está acontecendo quando precisar de ajuda”, explica o tenente coronel Allan Marques Bueno, comandante do batalhão.
O público alvo do Proerd é composto por alunos de 7 a 12 anos de idade. De acordo com Bueno os resultados são positivos e os conceitos são bem assimilados, trazendo um benefício para toda a vida do aluno. “São trabalhadas atividade lúdicas e é uma conversa bem leve. As crianças que passam pelo programa têm uma interação muito melhor com a Polícia Militar”, explica o comandante.
A escolha da escola que vai receber o ciclo do Proerd leva em consideração fatores como situações relacionadas à segurança em determinado colégio ou quando já faz tempo que aquela instituição não recebe um novo ciclo do curso. “Só a PM estando lá no colégio, com a viatura e policiais fardados, já diminui qualquer influência delituosa. Também contamos com o apoio da GCM (Guarda Civil Municipal)”, destaca Bueno.
A segurança nas escolas nunca preocupou tanto as autoridades, na segunda-feira (19/06) na cidade de Cambé, no Paraná, um atirador matou dois estudantes, um de 16 e outro de 17 anos. Dois estão presos acusados do crime e um terceiro foi encontrado morto em sua cela com sinais de enforcamento. As situações de violência e ataques dentro de escolas são, de alguma forma, abordadas no Proerd e também nas reuniões dos conselhos comunitários de segurança. “Há muita informação desencontrada, ou mesmo desinformação que acaba influenciando negativamente. O próprio medo dos pais traz insegurança, como casos em que crianças levaram facas na mochila, que os próprios pais colocaram com o intuito de que o filho se defenda. Isso influencia de forma negativa; outros alunos ficam sabendo e cria-se um ambiente de medo. Iniciativas como botões de pânico, funcionam, pois quanto mais rápido for o acionamento melhor será a solução”, completa o coronel da PM.
O evento desta sexta-feira no Cenforpe vai contar com a presença de cerca de 250 crianças de quatro escolas da área de abrangência do 6° Batalhão, policiais instrutores do Proerd serão homenageados.