Trânsito do ABC tem janeiro mais violento desde 2019 e mata mais motociclistas

Com 19 mortes registradas somente em janeiro deste ano, o ABC teve o período mais violento no trânsito desde 2019. Uma pessoa perdeu a vida nas ruas e avenidas da região a cada 39 horas. Os anos de 2020 e 2021 foram os mais calmos dos últimos quatro anos, muito em razão da pandemia da covid-19 que diminuiu a circulação de pessoas nas ruas por conta das restrições sanitárias impostas pelos governos. O levantamento é do Infosiga (Sistema de Informações Gerais de Acidentes de Trânsito de São Paulo).

O perfil das mortes também mudou. Em 2019 as mortes de pedestres e motociclistas se equivaliam; com seis casos de cada em 2019. Já no ano seguinte os pedestres foram maioria com seis óbitos contra quatro mortes de motociclistas. Agora, em 2023, a situação inversa, com grande maioria, nove casos, de condutores de motocicletas com vítimas fatais dos acidentes, enquanto que as fatalidades entre pedestres foram cinco casos. O número de mortes de motociclistas é igual a soma de óbitos de pedestres, motoristas de automóvel e condutores de bicicleta.

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A maioria dos mortos conduzia o veículo no momento do acidente (63,16%). As batidas também ficaram mais violentas, sendo que das 19 fatalidades registradas no mês de janeiro, 15 vítimas morreram no mesmo dia, seja no local do acidente ou em um hospital.

Perfil

Segundo os dados do Infosiga, as vítimas do sexo masculino representam 84,21% dos mortos registrados em janeiro deste ano. Porém o percentual de mulheres como vítimas fatais aumentou; há quatro anos eram 13,37% de mulheres entre os mortos, sendo que em janeiro deste ano o percentual passou para 15,79%.  Os jovens são a maioria no geral dos levantamentos que tiveram início em 2015. Em 2019, dos 15 mortos, cinco foram de pessoas entre 18 e 29 anos (33%) e neste ano, dos 19 registros, seis foram de jovens desta faixa etária, o que corresponde a 31,5% do total.

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