Rodovia Índio Tibiriçá ganhará radares em 13 trechos para reduzir acidentes

DER segue os trâmites de licitação e projeta abertura dos envelopes para instalação dos radares até o fim deste mês (Foto: Governo do Estado)

Cerca de 105 acidentes de trânsito foram registrados na extensão da Rodovia Índio Tibiriçá, nos trechos que cortam o ABC, entre os anos de 2021 e 2023. Em razão do alto índice de ocorrências, o DER (Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo) fará a instalação de novos radares de velocidade, previstos em 13 trechos, para fiscalizar motoristas que trafegam na região. Para isto, o departamento segue os trâmites de licitação, em cumprimento dos prazos regimentais previstos, e projeta abertura dos envelopes até o fim de fevereiro.

De acordo com a Polícia Militar, nos trechos que cortam a região, foram contabilizados 54 acidentes no ano de 2021, outros 49 em 2022 e mais duas ocorrências este ano. Uma das vítimas foi o jovem boliviano que sofreu um acidente fatal no km 49, na Rodovia Índio Tibiriçá, na altura do Barro Branco, em Ribeirão Pires, no dia 15 de janeiro deste ano. Seis dias depois, à noite, um outro acidente ocorreu no km 46 da via, com um automóvel VW Gol que capotou perto do trevo da Figueiras, também em Ribeirão Pires. O veículo trafegava sentido São Bernardo, na parte elevada, usada para fazer retorno, quando o motorista não viu o desnível na pista, tentou mudar de faixa e, com isso, caiu na parte baixa da pista. Felizmente, não houve vítima fatal.

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Para o gestor dos cursos de Engenharia da USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul), Marcos Alberto Bussab, um dos principais motivos para os tantos acidentes se dá pelo tráfego intenso que a via não comporta. “A Índio Tibiriçá é praticamente a única opção, em pista única, que atende veículos de passeio e de carga que precisam cortar regiões urbanas no ABC e também a região metropolitana. Acontece que a Rodovia não comporta a demanda que atualmente atende”, afirma.

Bussab reitera que é preciso melhorar a sinalização, reduzir a velocidade máxima nos trechos de maior incidência de acidentes, além de instalar mais radares e lombadas eletrônicas, principalmente em rotatórias situadas em áreas urbanas. “Também é necessário realizar estudos que indiquem se há trechos onde pode criar-se acostamentos e aumentar os já existentes, além de estabelecer horários onde os caminhões – que não seja utilitários de carga, possam circular”, salienta.

Duplicação

Além da instalação de novos radares como medida de contornar o alto índice de acidentes na Rodovia Índio Tibiriçá, o DER também elabora um projeto executivo para a duplicação de toda a extensão da Rodovia (SP-031). Mais à frente, possíveis causadores de acidentes na via serão analisados e soluções de segurança poderão ser implementadas.

O DER garante que a rodovia está “devidamente sinalizada” e segue, periodicamente, com serviços de conservação de rotina realizados. Até o momento, a fiscalização de velocidade é realizada pela Polícia Militar Rodoviária e ocorre por meio de radares portáteis.

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