O sistema Infosiga SP, do governo do Estado, apresentou quinta-feira (19/01) o levantamento sobre o número de vítimas fatais no trânsito de São Paulo em dezembro do ano passado. No recorte do ABC, 11 pessoas perderam a vida nas vias de três dos sete municípios. Em relação a 2022 foram 217 mortes registradas, 7,4% do que o ano anterior. Motociclistas, homens e pessoas entre 18 e 24 anos de idade são as principais vítimas.
Sobre os números totais do ano passado, esse foi o quarto maior registro da série histórica que iniciou em 2015, sendo este primeiro ano o que teve o maior número de registros de mortes no trânsito da região, 259. Na sequência aparecem os anos de 2017 com 224 e 2019 com 222. O menor registro ocorreu em 2020, primeiro ano da pandemia e o que teve maior restrição de circulação, foram 175 óbitos apontados.
Das sete cidades, quatro apresentaram alta no comparativo 2021 e 2022. São Bernardo subiu de 80 par 93 vítimas, Santo André subiu de 45 para 46, Diadema e Mauá apresentaram o mesmo número óbitos nos dois anos, 23 e 31, respectivamente. Em São Caetano, a queda foi de 16 para quatro vítimas fatias de um ano para o outro, em Ribeirão Pires a queda foi de 13 para 11 e em Rio Grande da Serra de dois para uma.
Quando é feito o recorte detalhado, alguns perfis se repetem no comparativo com anos anteriores. Sobre o veículo de locomoção das vítimas, 36,8% estavam em motos, 35% eram pedestres e 18,4% dirigiam automóveis.
Os homens seguem como as principais vítimas. Dos 217 registros, 181 eram do sexo masculino, o que representa 83,4% do total. Quando a separação dos dados é por faixa etária, a maioria dos óbitos era de jovens entre 18 e 24 anos (17,05% do total). A pesquisa aponta que 30,8% das mortes no trânsito da região em 2022 foram de pessoas abaixo dos 30 anos.
Entre os tipos de acidente aconteceram 84 atropelamentos, 61 colisões, 47 choques, 21 faleceram por outros tipos de acidentes e quatro registros não identificaram a causa.
Dezembro
Em dezembro passado apenas três cidades registraram óbitos em suas vias: São Bernardo (oito); Mauá (duas); e Santo André (uma). Comparando com o cenário do mesmo mês de 2021, apenas Rio Grande da Serra não teve registros de vítimas fatais no trânsito.
Apesar do número menor, os números do mês passados refletem, em escala menor, o que ocorreu durante o ano. Sobre os veículos, cinco vítimas estavam em motos, quatro eram pedestres e duas estavam em carros. 10 homens e uma mulher perderam a vida, sendo que sete tinham entre 18 e 34 anos.
Quatro pessoas morreram atropeladas, três por causa de choques, duas por colisão, uma por outro tipo de acidente e uma não teve o registro da causa.
Total de acidentes
O Infosiga SP registrou no ano passado 8.368 acidentes na região, com uma média de 22,9 por dia. Deste total, 207 foram fatais. O recorte do número de acidentes não fatais iniciou em 2019. Somando os dados de acidentes fatais e não fatais, foi o terceiro maior número da série histórica levando em conta apenas os dados do ABC.