Volta e meia a pauta de transferir a gestão do Hospital Municipal Radamés Nardini, em Mauá, para o Estado é colocada nas rodas de discussões políticas. Para alguns grupos, a unidade de saúde ganharia mais investimentos e teria salto exponencial na qualidade de atendimento. Para os contrários, a estadualização sobrecarregaria a rede municipal, tendo em vista que o hospital deixaria de ser porta aberta, não atenderia sobre livre demanda.
O Nardini, apesar de ser custeado pela Prefeitura de Mauá, recebe pacientes acidentados no Rodoanel, de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, além de parte da Zona Leste de São Paulo e moradores do bairro São Mateus, em busca de atendimento. No geral, a população residente e circulante soma um milhão de pessoas, número oneroso para Mauá.
“Estadualizar, sem preparar a rede, é um erro vai sobrecarregar as unidades da prefeitura e elevar os custos”, diz o deputado estadual eleito, Rômulo Fernandes (PT), em entrevista ao RDtv.
Para atender a microrregião, segundo o parlamentar que tomará posse em 15 de março, um novo hospital estadual, nos moldes do Mário Covas, deverá ser construído em Mauá, além de ter recursos estaduais e federais para custeio do Nardini.
Recursos
Jean Gorinchteyn, secretário de Saúde do Estado, durante entrevista ao RDtv, em junho, afirmou que o governo paulista repassaria, até o final deste ano, o montante de R$ 9 milhões para custeio dos serviços do Nardini. Não há a confirmação se o aporte já foi depositado na conta do hospital. Existem rumores sobre atrasos nos pagamentos.
O Repórter Diário procurou a Prefeitura de Mauá, a Secretaria de Estado da Saúde e a gestora do Hospital Radamés Nardini, a FUABC (Fundação do ABC), mas não houve manifestação.