Em visita a Ribeirão Pires neste sábado (19/11), o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, reforçou que vai entregar um relatório na próxima semana com informações que questionam a transparência das urnas eletrônicas fabricadas anteriormente ao ano de 2020. O político aponta problemas com número de identificação do patrimônio. Apesar dos questionamentos, o político nega que quer pedir para anular a eleição de outubro.
Valdemar alega que uma auditoria contratada pela legenda aponta que as urnas eletrônicas de modelo antigo contam com um mesmo código para identificação como patrimônio. Na visão do político tal situação atrapalha na auditoria do resultado. Neto culpou os servidores do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e afirmou que os ministros da Corte Eleitoral não têm conhecimento do assunto.
O ex-deputado federal negou veementemente que não quer novas eleições, mas quer uma resposta do Tribunal sobre o assunto. “Nada de ter nova eleição, não vamos propor nada disso, não queremos tumultuar a vida do País. Mas têm umas urnas que têm que ser revistas e nós vamos propor para o Tribunal Superior Eleitoral até a próxima terça-feira (22/11) essa nova proposta. Pelo estudo que nós fizemos têm urnas que não podem ser consideradas”, disse o ex-parlamentar que aponta “problemas” em 250 mil por todo o País.
O partido ainda aguarda os números sobre a quantidade de votos e os cenários que podem ser mudados com os questionamentos, mas não deu detalhes se os questionamentos levarão em conta os dois turnos ou apenas o segundo turno da eleição. Lembrando que tais indagações sobre as urnas eletrônicas também podem atingir campanhas para governos estaduais e legislativos.
Ao ser questionado sobre as demais formas de verificação das urnas, como a zerésima e os boletins de urna, Valdemar insistiu que os números de patrimônio atrapalhavam a transparência.
Essa não é a primeira vez que questionamentos do Partido Liberal são levados ao TSE. No final de setembro, na semana do primeiro turno, a legenda apresentou um relatório que apontava suposta vulnerabilidade no sistema eleitoral. Tal ponto foi rapidamente negado pela Corte Eleitoral e o seu presidente, o ministro Alexandre de Moraes, até mandou que o texto fosse incluído no inquérito das fake news.
Nos últimos dias o Tribunal destacou a avaliação de missões internacionais, como a do Institute for Democracy and Electoral Assistance (Idea Internacional) que parabenizou a Justiça Eleitoral “pela imparcialidade, pela eficiência e pelo profissionalismo na atuação”.
(Informações: Leandro Amaral)