Rio Negro atinge 30 metros, na maior cheia em 119 anos em Manaus

Foto: Alberto César Araújo/Amazônia Real
Foto: Alberto César Araújo/Amazônia Real

O rio Negro registrou neste sábado (5/6) 30 metros na capital amazonense, a maior marca desde 1902, ano em que o nível do rio passou a ser monitorado pelas autoridades. O recorde anterior foi superado no dia 2 de junho, após subir acima de 29,98 metros, ultrapassar em 1 centímetro o nível recorde registrado em 2012.

De acordo com o Serviço Geológico do Brasil, o nível do rio poderia alcançar 30 metros, o que se confirmou neste sábado, podendo subir mais dois centímetros até o final do período.

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O boletim de monitoramento hidrometeorológico da região publicado na sexta aponta que, em Manaus, o rio segue em processo de enchente severa ao subir a uma média de 1 cm por dia na última semana.

O rio Solimões também preocupa. Na cidade amazonense de Manacapuru, o rio atingiu neste sábado a marca de 20,82 metros, nível que também representa a maior cheia da série histórica Até então o recorde havia sido registrado em 2015. Os registros em Manacapuru têm 49 anos.

Em Itacoatiara, a cheia do rio Amazonas é a segunda maior, tendo atingido 15,20 metros. O recorde é 16,04 metros, observado em 2009.

Segundo dados da Defesa Civil do Estado do Amazonas, dos 62 municípios do Estado, 58 estão alagados, e 414.371 pessoas estão afetadas.

Conforme divulgado pelo Serviço Geológico, o que determina a magnitude dessas cheias é a chuva que ocorre em todas as bacias que drenam para essa região, como a bacia do Negro, do Solimões e todos os seus afluentes (Purus, Juruá, Japurá, Jutaí e etc), incluindo suas áreas externas ao Brasil, na Colômbia, Peru e Equador.

A Bacia Hidrográfica do Amazonas é a maior bacia hidrográfica do mundo.

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