Mário Maurici (PT), ex-nome forte da gestão de João Avamileno (SD) em Santo André tomará posse como deputado estadual nesta sexta-feira (28/8), na Assembleia Legislativa. Em entrevista ao RDtv nesta quinta-feira (27/8), o novo parlamentar falou sobre sua opinião sobre o tempo de espera para assumir o cargo e pediu mudanças de pensamento dentro da legenda em que está filiado.
Após problemas jurídicos que travam sua votação, Maurici conseguiu autorização da Justiça Eleitoral nesta semana para assumir uma das cadeiras no Parlamento Paulista. Mas considera que já ocorreu um prejuízo por assumir 17 meses após a maioria dos colegas.
“É claro que existe um prejuízo, pois as regiões que eu defendo deixaram de ser ajudadas com emendas no orçamento do Estado no ano passado. A base com que trabalho também teve os seus anseios prejudicados por conta disso, mas isso não significa que eu tenha ficado parado este tempo todo. Continuei com o meu trabalho junto aos movimentos que sempre dialoguei e estou empenhado na situação partidária e na eleição que se avizinha. Agora veja bem, um erro judicial que acabou causando tudo isso”, explicou.
Longe do ABC, o petista pretende pensar o seu mandato de maneira em que consiga englobar a região metropolitana, mas sempre levando em conta as cidades que mais lhe deram votos nas eleições de 2018 como Santo André, município em que recebeu cerca de 2,5 votos.
“O que minha candidatura trouxe foi algo diferente, foi um foco na questão metropolitana. Se você vê o meu mapa eleitoral vai ver que minha votação mais expressiva foi na região da (Serra da) Mantiqueira, Franco da Rocha, Francisco Morato, Caieiras, Mairiporã, na Capital e na Grande São Paulo, destacando Santo André. Essa questão metropolitana foi o foco da minha campanha e na minha opinião em relação ao meu mandato deve ser o foco também”, disse.
Um dos principais nomes da apelidada “convenção do fim do mundo” em 2008, no PT em Santo André, Maurici considera que a legenda deve rever algumas situações para manter sua força e conseguir se manter alinhado com as principais demandas de sua base de apoio.
“Precisamos rever o nosso processo de realizar essa militância nessa história toda e como nós vamos nos inserir nisso. Eu acho que o PT não pode, corre o risco, mas não pode se permitir virar um partido de homens, precisamos estimular a participação de mulheres, e de homens velhos, precisamos dialogar mais com a juventude. Acho que esse é o caminho para retomar a pujança que o partido sempre teve”, concluiu.