O Sindserv (Sindicato dos Servidores Municipais de Santo André) protocolou nesta quarta-feira (19/8) um pedido para que a Prefeitura e a Secretaria de Educação ofertem suporte com aparelhos e internet aos profissionais da educação, já que as aulas online exigem bons equipamentos e internet de qualidade. O relato foi feito pela professora da rede pública e integrante do sindicato, Daisy Dias.
Em entrevista ao RDtv, a professora explica as dificuldades enfrentadas por professores e alunos que sofrem com a escassez de aparelhagem. “Não são todos os lugares de Santo André que tem boa internet, o que dificulta para os alunos. Já por parte dos professores, muitos tiveram que trocar os aparelhos com dinheiro do próprio bolso, justamente porque não tivemos nenhum suporte”, reclama.
A profissional explica que o protocolo enviado solicita pelo Sindicato, solicita que a Prefeitura sugira meios de ajudar os professores com aparelhos de qualidade, já que muitos atendimentos acontecem via WhatsApp e ultrapassa a carga horária dos educadores. “Precisa dar uma sustentação para os alunos e profissionais da educação. Temos usado tudo do nosso bolso. Já tínhamos cobrado e disseram que estão analisando”, reforça.
Para Durval Ludovico, representante do Sidserv, a Prefeitura deve atuar para todos os profissionais de forma igualitária, já que houve divergência na forma de trabalho também de profissionais da Secretaria de Obras. “Na Vila Luzita temos uma regional com mais de 300 trabalhadores e estão sem adequações necessárias, tivemos vários casos de contágio. Pedimos para que haja um revezamento, no Paço teve um revezamento de trabalhadores e lá não houve isso. Precisam ter as mesmas condições”, conta.
Retorno das aulas
Ainda na entrevista, Daisy afirmou que os secretários da região já descartaram o retorno das aulas presenciais neste ano, mas que ainda não há protocolo oficial, e que as aulas online vão exigir melhores condições. “64% dessas escolas de Santo André tiveram casos de pessoas com covid, então parece que ainda não há um planejamento de retorno”, conta. Apesar disso, a professora conta que a disponibilização de aparelhagem e internet para alunos e professores segue em fase avaliação e sem previsão de liberação.