
Os casamentos comunitários são alternativa para casais que sonham subir ao altar, mas não têm dinheiro. Até alguns anos atrás, o ABC promovia a atividade, de forma gratuita, mas a prática desapareceu. Agora, a população se mobiliza para realizar o sonho com ajuda de terceiros.
São Bernardo, apesar de não contar com ação este ano, ainda dá esperanças. A Prefeitura aguarda acordo entre Defensoria Pública e Sindicato dos Notários e Registradores para planejar o casamento comunitário. Na última celebração, em 2007, a cidade reuniu 297 casais.
Diadema não promove casamento comunitário. Mas a Fundação Florestan Fernandes realizará dia 27 de junho o Dia de Noiva, em que 62 casais participarão de casamento comunitário particular no bairro Eldorado e serão beneficiados gratuitamente com tratamentos de cabelo, maquiagem e terapias naturais, oferecidos por alunos do curso de Beleza da Fundação.
A ação é iniciativa da dona de casa Gislaine Silva, 35, que atua em trabalhos sociais na cidade e sonha em se casar. “A ideia surgiu com meu desejo de casar, mas não tinha dinheiro”, explica. Gislaine conta que conseguiu ajuda de amigas e empresas para patrocinar a ação. “Em menos de um mês conseguimos ajuda de várias lojas de decoração, vestidos, comes e bebes e até a vestimenta dos padrinhos”, diz.
A doméstica Paula Gino, amiga de Gisaine, vai aproveitar a ocasião para casar e conta que, se não fosse o projeto, não teria o sonho realizado. “Se não fosse essa iniciativa, ficaria dificil almejar esse sonho, pois não cabe no orçamento”, diz Paula.
Em relação à procura, Gislaine diz que a ideia foi um sucesso e ainda tem vagas para casais que queiram dizer sim. “Será uma festa com cerca de 3,5 mil convidados. Temos casais de 18 a 50 anos, de várias cidades do ABC. Pretendo realizar mais vezes, uma vez por ano”, afirma.
Interessados em participar da ação, como doador ou noivos, devem entrar em contato pelo telefone 93492-3219.
Em Mauá, a Prefeitura informa que encaminhou requerimento para retomar a ação, mas aguarda autorização para voltar com os casamentos em 2020. Em 2017, São Caetano celebrou, pela última vez, a união de 53 munícipes sem condições de arcar com os custos do casório, mas até agora nada. Em Ribeirão, a Prefeitura alega que não possui demandas, pois cartórios locais oferecem o serviço gratuitamente, de forma individual. No último, realizado em 2016, a ação contemplou 22 casais. (Colaborou Fernando Scerveninas).