
Dados apresentados pelo Infosiga SP, pesquisa realizada pelo governo do Estado, revelam que, nos primeiros oito meses deste ano, 152 pessoas perderam a vida no trânsito do ABC. O aumento foi de 16% se comparado ao mesmo período de 2018. Cinco cidades apresentam alta no índice, sendo a maior delas em Mauá, com 21 mortes ante 11 no ano passado.
Na sequência aparece Santo André, com 25 mortes em 2018 contra 30 em 2019, alta de 20%. Em Diadema e Ribeirão Pires o aumento foi relativo, três ocorrências em cada município (23 para 26 e 12 para 15 vítimas fatais respectivamente). São Caetano apresentou menor elevação, seis mortes contra oito. São Bernardo e Rio Grande tiveram queda de uma ocorrência cada.
Agosto apresentou queda em relação a julho, com diminuição de seis vítimas fatais. Enquanto 25 pessoas perderam a vida no sétimo mês do ano, agosto somou 19 ocorrências. Quem elenca a contagem é Ribeirão Pires, com quatro vítimas ante nenhuma em julho. Em Diadema foram cinco vítimas contra quatro, Mauá uma ante quatro, Santo André quatro ante três, São Bernardo com cinco ante 13 e Rio Grande da Serra sem vítimas ante uma. São Caetano não contabilizou.
A pesquisa revela ainda que os principais dias para acidentes fatais são domingo (sete mortes), sábado (cinco) e quarta-feira com quatro. Em geral, principalmente colisões e atropelamentos, acontecem predominantemente à noite, das 18h às 0h, e na madrugada, das 0h às 6h. As principais vítimas são homens de 18 a 24 anos, que respondem por 75% das mortes no trânsito. No último mês foram oito vítimas em virtude do acidente de moto, quatro pedestres, três motoristas de carro e um com bicicleta.
Acidentes saem R$ 540 mi Os acidentes de trânsito custam aproximadamente R$ 540 milhões ao ano aos cofres públicos da região. A estimativa é do Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), que ministrou palestra nesta quinta-feira (19) no auditório do Consórcio Intermunicipal, em razão da Semana Nacional de Trânsito, celebrada entre 18 e 25 de setembro.
Segundo o coordenador do ONSV, Marcius D’Ávila, um dos palestrantes, o valor foi estimado com base no número de mortes no trânsito registrado na região em 2018 e média nacional de custo por acidentes estipulada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). “Só conseguimos modificar esse cenário e diminuir esses números com educação no trânsito para mudar o comportamento humano e reduzir os acidentes”, afirmou D’Ávila.
A apresentação também contou com explanação da coordenadora de Projetos Especiais do ONSV, Daniela Gurgel, que mostrou algumas campanhas de prevenção feitas pelo Brasil. “As pessoas precisam entender a gravidade e mudar o pensamento quanto ao respeito às leis de trânsito”, defendeu.
Para o secretário-executivo do Consórcio ABC, Edgard Brandão, segurança viária é um dos principais temas a serem abordados pelo ABC. “Os dados sobre custo do acidente de trânsito são muito alarmantes, e precisamos tratar desse assunto com mais carinho”, afirmou.