
Assuntos parecidos, mas realidades diferentes. Enquanto uns comemoram o início da descentralização dos remédios de alto custo na região, os moradores de Ribeirão Pires estão com dificuldades para conseguir medicamentos básicos, algo que deveria ser obrigação de todos os municípios ao levar em conta a lista básica instituída pelo Ministério da Saúde.
Moradores de São Bernardo que dependem dos medicamentos de alto custo não esperam a hora de começar a pegar remédios no Poupatempo e, assim, evitar as gigantescas filas e tempo de espera, no Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André. O simples fato de a ideia de seis anos ter saído do papel numa cidade já é um alento para todos que sofrem com a falta remédio.
Claro que é apenas o início. Todos esperam que a medida seja ampliada para as demais cidades que contam com unidade do Poupatempo (Diadema, Mauá e Santo André) e que finalmente haja facilitador para as 35 mil pessoas que, mensalmente, passam pelo único local de distribuição na região.
Mas a boa nova é apenas um oásis no deserto, porque as reclamações de falta de medicamentos e insumos básicos na rede pública seguem por toda parte. Apesar das promessas de melhorias, ainda existe muito para se avançar na área da saúde. Ribeirão Pires é um dos exemplos disso.
As críticas sobre a falta de remédios na cidade eram algo recorrente há alguns anos, mas sempre que uma nova gestão começa outra nova promessa é feita de resolução sobre a escassez de remédios básicos nos postos. A população não aguenta mais o jogo do promete e não entrega.
Já passou da hora do Paço ser mais transparente em relação ao estoque de medicamentos no município. Até quando o morador tem de sair de sua casa e torcer para encontrar o remédio, mesmo que básico?