Mais austeridade no serviço público

Não bastasse o imbróglio que Mauá tem enfrentado nos últimos meses, que culminou com a prisão do prefeito Atila Jacomussi (PSB), atualmente afastado do exercício pela Justiça, o município anuncia que decretará estado de calamidade pública em razão da crise financeira. Segundo o Executivo, os atrasos de pagamento chegam a 11 meses e, para piorar o quadro, os números independem da dívida de R$ 123 milhões feita com a FUABC, a Fundação do ABC.

Não se sabe ainda o tamanho do buraco financeiro que o município precisa enfrentar, porque os números ainda estão em estudo pela Secretaria de Finanças e a Pasta Justiça e Defesa da Cidadania, mas com certeza deverá refletir nos fornecedores e serviços públicos, já bastante precários, mas que não podem entrar em colapso. Seus mais de 450 mil habitantes não aguentam mais este cenário.

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Mauá enfrenta historicamente problemas nos pagamentos com fornecedores, tanto na atual gestão que engloba a prefeita em exercício, Alaíde Damo (MDB), e o prefeito afastado Atila Jacomussi (PSB), como de administrações anteriores, como coleta de lixo, gerenciada pela Lara Central de Tratamento de Resíduos, a qual contabilizava somente em 2017 uma dívida aproximada de R$ 14 milhões.

Não há dúvida que o problema de Mauá está na ineficiência de gestões, na falta de capacidade de planejamento em administração pública para um município cuja economia se sustenta com o setor de serviços e da indústria, que acolhe o invejável Polo Petroquímico, um dos maiores parques industriais do Brasil e o maior do segmento. Isso para não falar no potencial econômico que o município possui para liderar a economia no ABC.

Portanto, que a gestão interina de Alaíde Damo tenha austeridade e bom senso, e, principalmente, encontre alternativa eficaz para a saúde financeira do município. Mauá precisa e merece voltar a crescer.

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