Passados 35 dias do início das aulas, parte dos alunos da rede de ensino andreense continuam sem conseguir utilizar o benefício que a AESA (Associação das Empresas do Sistema de Transporte de Santo André) repassa aos estudantes por meio do bilhete estudantil andreense, com isenção e/ou desconto da tarifa municipal.
Patrícia Coimbra da Cruz, 27, é uma das reclamantes. Para sair de casa, no Recreio da Borda do Campo, e chegar à Universidade, próxima ao Centro, precisa desembolsar R$ 8,40 todos os dias. “Liguei na AESA na semana passada e me deram prazo de sete dias úteis para liberar o cartão. Acontece que solicitei a liberação no dia 6 de fevereiro, há um mês, e até agora nada”, reclama ao se queixar que enfrenta problema com renda. A estudante aguarda a isenção da tarifa, mas comenta que nem o benefício de 50% consegue utilizar. “O sistema que usam em São Paulo é bem melhor, mesmo sem comprovar a renda, liberam a tarifa de 50%”, diz.
Outra moradora, Debora Monteiro, da Vila Humaitá, também está descontente e reclama também do processo árduo para cadastramento no sistema. A estudante utilizava o Urban Pass, antigo cartão municipal para conseguir chegar até o centro da cidade. Mas este ano funcionou diferente, foi informada por funcionários da AESA que precisaria pagar uma tarifa de R$ 42 para trocar o cartão para o atual (bilhete único andreense), e assim continuar utilizando o benefício. “Me recuso a pagar. Eles deviam trocar meu cartão de forma gratuita. Onde já se viu pagar esse valor para isso?”, reclama.
Procurada pela equipe do RD, a AESA não retornou os questionamentos até o fechamento da reportagem.