Black Friday requer atenção do consumidor

(Foto: Pedro Diogo)

Os descontos oferecidos aos consumidores na Black Friday, marcada para esta sexta-feira (24), são conhecidos por baratear produtos do varejo como eletrônicos e eletrodomésticos. Originária dos Estados Unidos, a ideia dos descontos acabou dando certo e se espalhou para outros setores como passagens aéreas, restaurantes, hotéis e intercâmbios. Entretanto, a gama de variedades de lojas participantes da ação pode ocasionar em aumento no número de queixas dos consumidores, segundo a Fundação Procon de São Paulo.

A leve melhora na economia deve ampliar o apetite para as compras na Black Friday. No entanto, o economista Ricardo Balistiero, coordenador do curso de Administração do Instituto Mauá de Tecnologia, alerta que o consumidor deve fazer pesquisa de preços para saber se compensa o sacrifício de economizar. “Sabemos que infelizmente alguns lojistas não reduzem os preços. Uma boa pesquisa em outras lojas é importante para saber se o produto está com desconto ou não”, orienta ao destacar que as compras podem ser uma boa oportunidade para antecipar os presentes de Natal.

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Um erro comum que o especialista analisa em períodos de Black Friday é que o cliente compre por impulso produtos ao qual não precise. Outro erro é o sentimento de culpa dos que não aproveitaram as ofertas. “É aí que fica o engano. Durante outros momentos do ano também há ofertas que os clientes podem aproveitar”, explica.

Procon – A principal recomendação do supervisor de Fiscalização do Procon-SP, Bruno Stroebel, é que o consumidor não seja enganado com promoções falsas e pesquise com antecedência o preço do produto ou serviço desejado. Na sua avaliação, as lojas querem que o cliente compre por impulso. “Se o consumidor sabe qual o preço do produto que pretende adquirir, fará melhor negócio. Outro ponto importante é documentar a pesquisa, imprimir a página do site onde consta o preço do produto e com isso questionar a veracidade da oferta”, diz.

O profissional lembra também que é importante observar o custo do frete. Isto porque, em eventos passados, houve problemas de mercadorias cujo preço pelo serviço da entrega era desproporcional em relação ao valor do produto. Portanto, pesquisar a reputação das lojas também é recomendável. No site do Procon-SP, existe uma lista com 519 sites não recomendados. Parte deles ainda está no ar, alerta Stroebel.

Um aspecto que pode gerar queixas neste ano é o grande número de lojas hospedadas dentro de outras lojas (market place). Nestes casos, se houver algum problema, a responsabilidade é dividida entre a loja que vende o produto e a dona do market place. “Neste caso a responsabilidade da venda é solidária”, diz o supervisor. (Colaborou Amanda Lemos)

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