O prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), decidiu deixar de fora da sua marca de campanha a tradicional estrela do Partido dos Trabalhadores, ao contrário do que aconteceu na eleição de 2012. O material de campanha também foi idealizado sem a predominância da cor vermelha.
Um dos dois prefeitos do PT que tentam a reeleição no ABC, Grana nega que a elaboração da marca tenha levado em conta o desgaste enfrentado pelo partido. O sumiço da estrela, de acordo com o petista, ocorreu por outro motivo.
“Temos de valorizar todos os partidos que compõem a coligação. Não é porque sou do PT que o partido tem de ter o maior destaque. O mais importante é a gente destacar a coligação. Hoje não sou candidato de um partido, se não vou ter de colocar 11 símbolos”, afirma Grana, contabilizando o número de legendas que apoiam sua reeleição.
De acordo com o prefeito, não há a intenção de ocultar sua filiação partidária. “O eleitor sabe que eu sou do PT, mas eu não represento somente o Partido dos Trabalhadores. As pessoas não votam no símbolo, no partido, ou se é a favor ou contra o PT, elas votam em projetos”, afirma. O prefeito diz que as cores que envolvem o número 13 representam a “união” das siglas aliadas.
Estrelas
A maioria dos candidatos a prefeito da região filiados ao PT possui estrelas em suas marcas de campanha – com maior ou menor destaque, dependendo da cidade. Os únicos que abandonaram totalmente o símbolo foram Carlos Grana e Claudinho da Geladeira (PT), de Rio Grande da Serra, que colocou o número do partido dentro do símbolo verde do aplicativo WhatsApp.