Os municípios do ABC prometem intensificar nas próximas semanas cobrança para que o governo do Estado cumpra promessas de investimentos na área da Saúde previstos para a região.
A lista de compromissos inclui, por exemplo, a descentralização da distribuição de remédios de alto custo, hoje concentrada no Hospital Mário Covas, e a construção de unidades da rede de reabilitação Lucy Montoro em Santo André e Diadema.
Também foram promessas do governo do Estado a construção de um CRI (Centro de Referência do Idoso) em Santo André e a reforma do Pronto-Socorro do Hospital Mário Covas.
“A partir de agora teremos mais uma rodada de conversas e negociações com o governo do Estado, que está elaborando o orçamento de 2017. Temos pleitos pactuados e que não forma efetivamente colocados em prática”, reclama o secretário de Saúde de Santo André e coordenador do Grupo de Trabalho (GT) Saúde do Consórcio Intermunicipal, Homero Nepomuceno Duarte, em entrevista ao RDTv.
De todas as promessas, a reforma do Hospital Mário Covas foi a única que foi cumprida na totalidade. O hospital ganhou 14 novos leitos de UTI, sendo 12 de UTI adulta padrão e 2 leitos de isolamento, e o setor de emergência foi reestruturado. O investimento foi de R$ 3 milhões.
De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde, “as obras abrangem troca de pisos, forros, e instalação de novas redes elétrica e hidráulica em ambos os setores, além da instalação de um novo sistema de climatização no setor de emergência”.
Estado responde
A descentralização da distribuição de medicamentos de alto custo, no entanto, não andou. Todos os moradores do ABC são obrigados a se deslocar para o Mário Covas para obter os remédios, mesmo quem reside em bairros e cidades distantes do hospital.
A ideia ventilada pelo governo Alckmin era passar a entregar os remédios também outros equipamentos de saúde, como o AME (Ambulatório Médico de Especialidades) de Mauá. Por enquanto a proposta segue no papel.
“Quanto à Farmácia de Alto Custo do Hospital Mário Covas, o projeto de descentralização segue em andamento. A Secretaria está avaliando as alternativas para implantar uma medida tecnicamente apropriada, que garanta a resolutividade e a melhoria do serviço”, afirmou a Secretaria Estadual da Saúde, em nota. A pasta ressalta que as cidades da região não aceitaram compartilhar essa distribuição em equipamentos municipais.
A Secretaria diz ainda que “as obras para implantação unidade da rede Lucy Montoro em Diadema estão sob competência da Prefeitura” e “o projeto para implantação de unidade em Santo André está em andamento”.
A nota informa que “o projeto referente à construção do AME do Idoso [antes chamado de Centro de Referência do Idoso] em Santo André está pronto e a licitação deve ocorrer no segundo semestre de 2016”.