ABC - quarta-feira , 29 de maio de 2024

Editorial: Em busca de medicamentos

Pacientes que dependem de remédios dispensados pelo poder público nem sempre conseguem ser atendidos da melhor maneira possível. O desabastecimento de parte dos medicamentos tem provocado dor de cabeça em pacientes da região.

O problema, apesar de não ser generalizado, tem atingido itens disponibilizados na Farmácia de Alto Custo do Hospital Mário Covas. Nem todos os remédios que deveriam ser distribuídos no local estão disponíveis, o que tem feito pessoas voltaram para casa de mãos vazias.
São itens que possuem preços proibitivos, que a maioria da população não tem condições financeiras de arcar, o que preocupa quem luta contra doenças graves, como o mal de Alzheimer. Quem é paciente ou familiar sabe como ninguém como preocupa interromper o tratamento.

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O secretário estadual da Saúde, David Uip, falou em diversas oportunidades da preocupação da Pasta em garantir a compra dos medicamentos, e como isso pesa cada vez mais no orçamento estadual. No entanto, apesar do desafio financeiro, é preciso garantir que nenhum paciente fique sem tratamento.
O problema de desabastecimento no Mário Covas leva, inevitavelmente, à outra questão: onde está a descentralização da distribuição de medicamentos, que há tanto tempo é alvo de cobrança das prefeituras da região?

Apesar de ter anunciado a intenção de levar a entrega de remédios para outros equipamentos de saúde do ABC, o governo do Estado ainda não cumpriu a promessa. A ideia de distribuir itens também nos AMEs (Ambulatório Médico de Especialidades) de Mauá e Santo André não saiu do papel.
A mudança seria necessária para reduzir os deslocamentos dos moradores da região, obrigados a irem para o Mário Covas pegar remédios – ou receber a notícia de que os medicamentos estão em falta.

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