Criado há 36 anos, o curso de Administração da Fundação Santo André (FSA) recebeu nota máxima do MEC (Ministério da Educação e Cultura). Quesitos como a composição de grade, infraestrutura e qualidade dos professores são levados em conta na avaliação. O curso vive hoje um de seus melhores momentos. Com mais de 240 alunos matriculados, atualmente, o departamento recebe a todo momento ofertas de empregos e estágios. Com isso, a demanda chega a ser maior do que o número de futuros administradores.
Para o professor Orlando Dal Degran Junior, coordenador acadêmico na área de Gestão de Tecnologias, Comunicação e Direito da FSA, é muito gratificante ver o reconhecimento do MEC, de trabalho realizado por um conjunto de professores de alta qualidade. “Esperamos que essa avaliação impacte positivamente o próximo processo seletivo, que acontece em julho”, diz o professor, em entrevista ao RDtv.
Geração millenium
No início do curso, em 1987, a faculdade formava administradores voltados principalmente à área de sistemas, para atender a uma demanda do mercado. Posteriormente, o curso passou a oferecer especializações no último semestre em diferentes áreas, como recursos humanos, gestão financeira, negócios internacionais, sistemas digitais, gestão hospitalar etc.
Porém, com a chegada da geração millenium e o avanço tecnológico, a grade da disciplina passou por nova reformulação ao disponibilizar disciplinas, como inteligência artificial, Big Data, ciências de dados, dados analíticos etc. “O mercado está ‘bombando’”, afirma.
Inicialmente, há mais de três décadas, a demanda de alunos equivalia a 18 candidatos por vaga. “Em 2010 chegamos a ter 12 turmas do primeiro ano, nos períodos matutino, vespertino e noturno”, lembra o coordenador. Nos anos seguintes a procura pelo curso sofreu uma queda, mas parece estar retomando o fôlego graças a demanda atual de mercado. Hoje, a faculdade conta com 240 alunos matriculados na disciplina. Degran explica que, com a mudança da vocação econômica da região – que passou de industrial para serviços e comércio, essa realidade passou por modificações.
Atualmente, uma vez por semana os alunos têm aula de forma remota. Essa foi uma das mudanças provocadas com a pandemia. “Percebemos que os alunos interagem mais em ambiente virtual, do que em sala de aula”, explica. Essa é uma das alterações que integram a nova grade: mais moderna e com metodologias mais ativas.
Inovação no trabalho de conclusão de curso
Outra novidade, implementada em 2023, veio para substituir a tradicional monografia por trabalhos em grupo. Cada conjunto de alunos representa uma empresa fictícia. Os grupos competem entre si, simulam situações reais vividas no mercado de trabalho. A interação é realizada em ambiente virtual, por meio de uma plataforma digital. Semanalmente a plataforma simula novos cenários de mercado, onde os alunos devem empregar os conhecimentos adquiridos ao longo do curso. “Os alunos adoram o formato de jogo, porque podem colocar em prática tudo que aprenderam”, comenta.
Projeto de internacionalização
Devido parcerias estabelecidas entre a Fundação Santo André e mais de 100 universidades espalhadas pelo mundo, os alunos agora têm acesso a cursos gratuitos em diferentes áreas. As disciplinas podem ser realizadas de forma remota ou presencial, por meio de intercâmbio. A maioria delas é ministrada ao vivo – via meeting.
Inclusão de alunos especiais
Outra inovação da faculdade diz respeito a recepção e adequação de disciplinas e avaliações, a fim de receber alunos portadores de deficiência. O processo conta com o apoio de profissionais do curso de Psicologia. “É muito gratificante ver a felicidade e gratidão desses alunos”, comenta.