A retomada de alguns setores da economia em São Paulo a partir desta segunda-feira (1/6), anunciada pelo governador João Doria, tem preocupado pais e entidades do setor de educação, uma vez que os responsáveis pelas crianças terão que voltar ao trabalho e não terão mais com quem deixar os filhos, uma vez que as escolas não voltarão a funcionar e sequer tem um planejamento de retomada com aulas presenciais estipulado pelo governo estadual.
A presidente do Sinpro ABC (Sindicato dos Professores do ABC), Edilene Arjoni afirma que a reabertura de escolas particulares ainda vem sendo estudada, mas que as instituições devem esperar o norte do município ou Estado para iniciar os planejamentos. “Todas as escolas esperam pelo decreto, seja ele municipal ou estadual”, diz. “O que temos até o momento, são as escolas avançando no teletrabalho, nas aulas remotas e transformando as aulas gravada em ao vivo, além de intensificar o trabalho home office, que contempla mais as famílias em um trabalho conjunto com as escolas”, completa.
Em contato telefônico, a Secretaria Estadual da Educação disse que a volta às aulas será feita de forma gradual, seguindo os dados de casos da doença de cada região do estado, e que ainda não há um planejamento nem data correta para que a volta presencial seja feita. “As diretrizes deverão ser publicadas nas próximas semanas, mas ainda sem data estipulada”, informou.
Mesmo com a angústia de mães e pais, as escolas municipais também seguem sem um plano definido. As secretarias de educação das sete cidades do ABC informaram que seguirão as normativas, de acordo com a orientação e diretrizes dos conselhos Estadual e Nacional de Educação junto aos órgãos de Saúde. Além disso, informaram que trabalham em consonância com o GT (Grupo de Trabalho) da Educação do Consórcio Intermunicipal do ABC.