A Fundação Casa decidiu manter a proposta de reajuste de 2,55% no salário dos servidores a partir de setembro, além de corrigir o salário de março em 2,61%. A decisão, tomada no dia 13, foi reiterada nesta quinta-feira (19), em reunião no Núcleo de Negociações Coletivas do TRT (Tribunal Regional do Trabalho), da 2ª região entre os trabalhadores e a Fundação Casa.
A categoria dos servidores já havia sinalizado que não aceitaria a proposta, mas vai realizar nova reunião nesta sexta-feira (20), a partir das 9h30, no Sindicato dos Químicos, em São Paulo, para decidir qual será o próximo passo dos trabalhadores, em greve há duas semanas.
Também está marcado para terça-feira (24), às 16h, o julgamento coletivo da divergência de opiniões dos servidores da Fundação Casa, que não aderiram completamente à greve. Segundo um sindicalista e funcionário da unidade em Santo André, que preferiu não ser identificado, dos 13 mil funcionários de todo o Estado, três mil aderiram à paralisação, o que corresponde a 23% do efetivo.
O percentual cumpre a liminar concedida pelo TRT, que exige presença de 70% dos servidores do quadro funcional em atividade durante o período de greve. Em caso de descumprimento da decisão, o Sitraemfa (Sindicato dos Trabalhadores em Entidades de Assistência e Educação à Criança, ao Adolescente e a Família do Estado de São Paulo) pagará multa diária de R$ 100 mil. Oficiais de Justiça fazem constatações diárias em centros socioeducativos para garantir o cumprimento da medida judicial.
Reivindicações
O motivo da paralisação da categoria é uma pauta de 67 cláusulas. A principal é a contratação de mais funcionários para aumentar a segurança dentro das unidades. “Estamos com efetivo reduzido nos locais, onde deveriam ter 12 funcionários, existem apenas cinco”, alerta o sindicalista. No pacote de exigências dos servidores, ainda está o cumprimento da licença maternidade, que dá um período de 180 dias de afastamento remunerado.