São Paulo poder ir à Justiça para garantir fornecimento

O Estado de São Paulo não está disposto a pagar a conta sozinho no caso da redução do suprimento de gás pela Petrobras. O Comissário Geral da Comissão de Serviços Públicos de Energia (CSPE), Zevi Kann, afirmou nesta quarta-feira (31) que, se a liminar conseguida pelo Estado do Rio prejudicar de alguma forma o fornecimento dos clientes paulistas, o governo tomará providências, mesmo que isso signifique entrar na Justiça.

Ele lembra que durante muito tempo a Petrobras até agradecia quando uma distribuidora comprava mais gás natural. E até incentivou o consumo do combustível, já que não tinha mercado suficiente e as térmicas não precisavam operar. “Agora não é tão simples chegar e dizer que se pode cortar o suprimento porque as distribuidoras não têm contrato.”

Newsletter RD

O executivo confirma que, dos 15 milhões de metros cúbicos/dia (m³) distribuídos pela Comgás em São Paulo, cerca de 2 milhões de m³/dia não têm contrato. O mesmo ocorre com a CEG e CEG Rio. “Só que você não pode adotar uma lógica tão simples que é cortar ” Aliás, algumas indústrias de São Paulo nem cogitam a possibilidade de corte no fornecimento do combustível. O diretor da Associação Nacional de Fabricantes de Cerâmica para Revestimento (Anfacer), Antônio Carlos Kieling, diz que o setor foi o primeiro a aderir à matriz energética e hoje é 100% atendida pelo gás natural. “Não temos outra alternativa já que migramos todos os equipamentos para o gás natural.” (AE)

Receba notícias do ABC diariamente em seu telefone.
Envie a mensagem “receber” via WhatsApp para o número 11 99927-5496.

Compartilhar nas redes