Vargem Grande-MG é área secundária de risco de tremor

Distante cerca de seis quilômetros do Distrito de Caraíbas, no rx em Itacarambi (MG), a cerca de 660 quilômetros de Belo Horizonte, o Distrito de Vargem Grande foi classificado hoje como uma “área secundária de risco” de terremotos pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec). Os moradores do povoado têm medo de uma possível repetição da tragédia que atingiu a localidade vizinha e dizem que há a ocorrência diária de tremores, mas a decisão das autoridades foi para evitar alarmismo. A única medida prática anunciada após a reunião entre representantes da Cedec, Secretaria Nacional de Defesa Civil, prefeitura e pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB), foi a distribuição de uma cartilha – de como se portar em caso de sismo – para os 576 habitantes da comunidade, que possui um total 105 casas, muitas precárias, feitas de adobe (pequeno bloco semelhante a tijolo) e materiais pouco resistentes.

“Vai ser analisada, por exemplo, a possibilidade de nós comprarmos barracas e distribuirmos essas barracas nas casas de má qualidade em Vargem Grande”, acrescentou o tenente-coronel Alexandre Lucas, secretário-executivo da Cedec. “Não podemos estabelecer uma onda de terror.” Para Lucas, a adoção de medidas como a remoção da população local poderá ter um efeito cascata em outros povoados vizinhos. “Aí, nós vamos acabar com Itacarambi. Nós vamos fazer uma grande onda de refugiados por algo que, na realidade, está relacionado com a forma como as casas foram construídas do que, eventualmente, com a intensidade (dos abalos sísmicos).” Outra preocupação, afirmou, é evitar os “aproveitadores”. “A partir do momento que o governador anuncia a reconstrução de casa em determinada localidade, isso gera expectativa em outras pessoas e gera um oportunismo.”

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