Desperdício de água em Mauá preocupa moradores

O morador Moacir Ferreira demonstra preocupação com descaso da Prefeitura (Foto: Caíque Alencar)

Em tempos de crise hídrica, é de se imaginar que o poder público tenha cuidado em evitar o desperdício de água, mas não é o que se observa em trechos da avenida Manacá, no Jardim Anchieta, em Mauá. O RD recebeu na tarde desta segunda-feira (20) várias reclamações de moradores da região sobre os pontos em que a água mina do asfalto.

A reportagem foi até o local e constatou que há quatro pontos de vazamento. A água tem aspecto bom com características semelhantes à de água tratada. Como ela começou a minar há apenas alguns meses, tudo indica que sua origem seja mesmo um cano furado.

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O aposentado Moacir José Ferreira, 62, conta que a situação já está assim há mais de três meses. Há momentos que, por causa da umidade no solo, os moradores, quando saem de casa, até pensam que choveu. “É realmente muita água minando. Tem vezes que os carros que passam na rua acabam jogando água em quem está nas calçadas”, diz o aposentado.

Ferreira também conta que já viu vários funcionários da Odebrecht e da SAMA (Saneamento Básico do Município de Mauá), mas nenhum deles deixou o local com o problema resolvido. “Eles vêm, olham e não fazem nada. Um fica passando o problema para o outro”, lamenta.

A moradora Melinda Maria da Silva, 44, reclama que só o departamento de cobranças funciona perfeitamente, ao contrário dos serviços de manutenção. “Eu estou desempregada e não consegui pagar a conta do mês passado, mas para fazer cobranças eles funcionam direitinho”, afirma Melinda.

Além de todos esses problemas há muitos buracos no meio da avenida por conta dos vazamentos, o que estraga a suspensão dos carros e pode causar uma torção em quem não prestar atenção onde pisa ao atravessar a via.

A população da região alega que o bairro passa por racionamento todas as sextas-feiras. “Não adianta nada eles fazerem racionamento, se tem desperdício por parte da Prefeitura”, critica Hellen Cristina Almeida, outra moradora do bairro.

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura e a SAMA para saber se a água da região é potável e qual a previsão para que as obras de manutenção sejam realizadas, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.

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