Temos papa, sucessor de São Pedro, para organizar a Igreja e continuar reformas

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Agora que os cardeais elegeram o novo papa, passada a emoção deste evento que mobilizou a mídia internacional, tanto no funeral do saudoso Papa Francisco como na eleição e início do pontificado do Papa Leão XIV, muitos se perguntam, o que faz mesmo o papa? Qual sua tarefa?

Os Evangelhos nos relatam sobre os 12 apóstolos que Jesus escolheu dando-lhes a missão de pregar a boa nova do Reino de Deus no mundo todo. Para isso, tendo Jesus como fundamento eles fundaram a Igreja desejada por Jesus. Jesus colocou as bases da Igreja que se tornou realidade após a vinda do Espírito Santo em Pentecostes.

Jesus enviou os apóstolos para continuar sua missão até o fim do mundo. Os apóstolos participam da missão de Jesus que lhes disse: “quem vos escutar a mim escuta” (Lc 10,16). Os apóstolos, enquanto depositários da Palavra de Cristo, são encarregados de organizar a Igreja de modo que a palavra de Jesus obtenha eficácia. Jesus, porém, deu um passo a mais: entre os apóstolos elegeu Pedro para a função de cabeça do grupo dos apóstolos.

Por que Pedro? Porque Jesus reconheceu nele o indicado do Pai para este cargo, quando professou a verdadeira fé em Jesus (Mt 16,17-19). Jesus mudou então seu nome de Simão para Pedro (Kefas), que não era um nome comum entre os judeus e quer dizer pedra, rocha. Pedra sobre a qual Jesus constrói sua Igreja.

Temos assim a primeira função do Papa, como sucessor do apóstolo Pedro: confirmar os irmãos na fé (cf. Lc 22,31). Jesus dá a São Pedro as chaves do reino dos céus, as chaves estão com quem administra o palácio, assim, ao dar as chaves a Pedro. Jesus, de forma simbólica, lhe dá a tarefa de administrar a Igreja, administrar a comunidade dos que acreditam. São Pedro, assim, é o “vigário” de Cristo, aquele que representa Jesus Cristo.

Jesus entrega ao apóstolo Pedro a tarefa de apascentar o rebanho, o que quer dizer, reger, dirigir e alimentar o rebanho. O papa, como sucessor de São Pedro exerce a tríplice função de fundamento da unidade na fé, da comunhão entre as diferenças e o pastoreio da Igreja toda.

Não é fácil nem pequena a tarefa do papa em várias frentes. Neste momento atual, na frente moral ele deve ter e promover a clareza doutrinal. Na frente do governo, deve organizar a Igreja e continuar as reformas iniciadas por seus antecessores, na frente jurídica, administrar e promover a justiça e na frente eclesiológica, promover a sinodalidade eclesial, para que a Igreja seja mais participativa na comunhão e missão evangelizadora.